Junte se a nós, peça ao Papa um Ano Mariano – 2012-2013
acesse: www.anomariano.com
A Sua Santidade Papa Bento XVI
Beatissime Pater,
No desejo de contribuir com a santificação dos cristãos e com a Nova Evangelização, vimos suplicar a Vossa Santidade a graça da proclamação de um Ano Mariano em 2012-2013.Sugerimos esta data por ela marcar os 25 anos do último Ano Mariano proclamado pelo Servo de Deus João Paulo II e por comemorar os 300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luis Maria Montfort, obra tão amada e recomendada pelo próprio Servo de Deus João Paulo II.
Somos testemunhas dos frutos de graça e santidade que a proclamação do Ano Sacerdotal, feita por Vossa Santidade, fez brotar para a Igreja do mundo inteiro. Por esta razão, sugerimos humildemente que um Ano Mariano poderia ser uma grande oportunidade para reavivar a Devoção a Toda Santa Mãe de Deus no coração dos fiéis e propagar a prática da “Consagração Total a Jesus por Maria”, como é ensinado pelo próprio São Luis, e como o Servo de Deus João Paulo II viveu e testemunhou.
Voltamo-nos a Vossa Santidade, com confiança, exercendo o que pensamos ser o nosso deve de manifestar aos nossos Sagrados Pastores os nossos anseios e necessidades espirituais (cf. cân. 212).
Aproveitamos a ocasião para manifestar a Vossa Santidade nossa mais completa fidelidade e devoção filial.
Convidamos a assistir ao vídeo do reverendíssimo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
(Arquidiocese de Cuiabá-MT), a respeito desta Petição
Fonte: www.padrepauloricardo.org
Penso que seja extremamente oportuna a iniciativa do meu querido irmão, padre Rodrigo Maria, de suplicar ao Papa Bento XV a graça de um novo Ano Mariano para 2012-2013.
Tenho ainda na lembrança as graças imensas que pude colher do Ano Sacerdotal, que vivemos por ocasião do aniversário de 150 anos da morte de São João Maria Vianney (Padroeiro dos Párocos), e que proporcionou muitíssimos frutos de conversão na vida de tantos padres.
Um novo Ano Mariano, de 2012-13, recordando os 25 anos do último ano mariano proclamado pelo servo de Deus o Papa João Paulo II e comemorando os 300 anos do “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” de São Luís Maria Montfort seria um verdadeiro tempo de graça para a Santa Igreja de Deus.
O Ano Mariano em 2012 seria uma grande oportunidade de reavivar a devoção a nossa Mãe Santíssima no coração dos católicos e propagar a prática da consagração total a ela, como é ensinado pelo próprio São Luís.
Seria uma forma muito prática de responder aos apelos que a Virgem Santíssima fez em Fátima (1917): “Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Coração Imaculado. (…) Se fizerdes o que vos digo, muitas almas se salvarão e terão paz”.
Pois como diz o próprio São Luís: “Foi por intermédio da Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio Dela que Ele deve reinar no mundo. (…) Por Ela Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele” (“Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, n. 1; 85).
Por essas razões, gostaria de me unir a essa iniciativa do padre Rodrigo Maria e convidar você, caríssimo irmão e irmã, a enviar também a sua carta ao Santo Padre Bento XVI. (Modelo da carta)
Endereços para onde a carta pode ser enviada
As cartas em súplica ao Sumo Pontífice também podem ser enviadas para os seguintes endereços:
-Secretario do Papa – Mons. Geog Ganswein
Palazzo Apostolico Vaticano
00120 Città Del Vaticano.
– Apostolic Palace
Via del Pellegrino
Ciita del Vaticano
Vatican City State, 00120 Europe
phone: 0011.3906.698810.22
email: av@pccs.va
fax:011.3906.6988.53.73
As cartas devem ser escritas em nome próprio e/ou no nome da comunidade ou grupo ao qual você pertence, pode ser a mesma que enviamos ou uma outra.
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Fonte: http://padrepauloricardo.org/
Em 1973, Nossa Senhora se manifestou no Japão à Irmã Agnes Katsuko Sasagawa, que então tinha 42 anos de idade, no convento das Servas da Ssma. Eucaristia na localidade de Yuzawadai, perto de Akita, província de Sendai.
Quer dizer na região mais atingida pelo terremoto que acaba de causar formidáveis danos no Japão.
Akita fica na mesma latitude do epicentro do colossal abalo sísmico, porém do lado ocidental da ilha, a uma distância de 150 kms de Sendai, a cidade mais atingida, e que fica no lado oriental do arquipélago do Sol Nascente.
As fotos das pavorosas ruínas da cidade de Sendai e vizinhanças estão em todos os jornais, TVs e sites da Internet.
Akita foi atingida pelo terremoto, mas não pelo devastador tsunami. O santuário de Nossa Senhora não sofreu danos relevantes.
O terremoto e o tsunami trouxeram de volta à memória as solenes advertências de Nossa Senhora ao clero e ao mundo em 1973. Desde aquela data, a imagem de Nossa Senhora chorou lágrimas, segundo testemunhas, mais de uma centena de vezes e verteu sangue em diversas ocasiões.
O fenômeno místico foi analisado pela hierarquia eclesiástica.
Em abril de 1984, Dom João Shojiro Ito, Bispo de Niihata, Japão, após anos de exaustiva investigação, declarou que os acontecimentos de Akita são de origem sobrenatural e autorizou para a diocese inteira a veneração da Santa Mãe de Deus de Akita.
Em junho de 1988, o Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, deu julgamento definitivo sobre os acontecimentos e mensagens de Akita e os declarou dignos e merecedores de fé.
O mesmo Cardeal Ratzinger ‒ hoje Bento XVI ‒ segundo publicou a revista italiana Jesus em 11 de novembro de 1984, comentou que as mensagens de Fátima e de Akita são “essencialmente a mesma”.
Aqueles que lembram as gravíssimas advertências de Nossa Senhora no Japão e, sugestivamente, na região hoje sinistrada, ficaram impressionados pela similitude do profetizado em 1973 com o hoje acontecido.
Mais ainda, ficaram estarrecidos com o que pode vir. Porque Nossa Senhora preanunciou em Akita castigos ainda mais terríveis do que este enorme terremoto, se o clero católico e o mundo não se arrependiam e mudavam de vida.
Nossa Senhora não foi ouvida, é doloroso constatá-lo. Mais ainda, sua maternal intervenção foi esquecida.
Este é um momento extraordinariamente oportuno para voltarmos para ela e lhe dar a atenção e obediência que merece, com toda a confiança posta na inesgotável misericórdia da Mãe de Deus.
Mas, o que disse e o que pediu Nossa Senhora em Akita?
O apelo de Nossa Senhora no Japão
O jornal “The Wanderer”, em 17 de fevereiro de 1994, publicou exaustiva matéria baseada no “Official Akita Book” (“O livro oficial de Akita”) de autoria do Pe. Teiji Yasuda, O.S.V.
É dali que extraímos a seguinte matéria de tal maneira eloqüente que qualquer comentário pode parecer supérfluo.
Uma das mensagens mais impressionantes de Nossa Senhora de Akita foi feita a 13 de outubro de 1973. Nela, a Santíssima Virgem afirmou:
“Se os homens não se arrependerem e não melhorarem, o Pai infligirá um terrível castigo para a humanidade. Será uma punição maior do que o dilúvio, nunca vista antes.
“Fogo cairá do céu e destruirá grande parte da humanidade, tanto os bons quanto os maus, não poupando nem sequer aos sacerdotes ou fiéis. Os sobreviventes se acharão de tal maneira desolados que terão inveja dos mortos.
“As únicas armas que restarão serão o Rosário e o Sinal deixado pelo meu Filho. Todo dia recite as orações do Rosário. Com o Rosário, reze pelo Papa, pelos bispos e padres.
“A obra do demônio se infiltrará até mesmo dentro da Igreja de tal modo que veremos Cardeais se opondo a Cardeais, bispos contra bispos.
“Os padres que Me veneram serão escarnecidos, menosprezados e combatidos pelos seus confrades (outros padres)
“Igrejas e altares serão pilhados.
“A Igreja estará cheia daqueles que aceitam compromissos e o demônio afligirá muitos padres e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.
“O demônio será particularmente implacável contra as almas consagradas a Deus. A idéia da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza.
“Se os pecados aumentarem em número e gravidade, em breve não haverá perdão para eles.
“Reze muito as orações do Rosário. Eu sozinha ainda sou capaz de salvá-los das calamidades que se aproximam.
“Aqueles que colocam sua confiança em Mim serão salvos”.
FONTE: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com/2011/03/advertencia-nao-atendida-de-nossa.html
http://reporterdecristo.com/a-advertencia-de-nossa-senhora-de-akita-e-o-terremoto-no-japao/
08 de Dezembro – Festa da Imaculada Conceição de Maria
No ponto central da história da salvação se dá um acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher. Portanto, devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra.
“Na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher” (Gl 4,4).
Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem o pecado original. Como disse o cardeal Suenens:
“A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte”.
O Senhor antecipou para Maria, a “bendita entre todas as mulheres”, a graça da Redenção, que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte. A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto da Redenção de Jesus.
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarava "Dogma de Fé" a doutrina que ensina ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio divino.
Na Bula “Ineffabilis Deus”, o Sumo Pontífice afirma:
“Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis”.
A definição do Dogma da Imaculada Conceição foi cercada de fatos muito significativos. Já existia a devoção dos fiéis a esse privilégio de Maria, afirmado na S. Liturgia em obras teológicas, quando aos 17/11/1830 uma Irmã de Caridade de Paris, Catarina Labouré, que foi canonizada em 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII, em oração viu Nossa Senhora. Ela declara: "Os seus pés repousavam sobre o globo terrestre; de suas mãos voltadas para a terra jorravam feixes de luz. Formou-se em torno da Virgem uma moldura oval, sobre a qual se liam em letras de ouro estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós’".
A Religiosa recebeu também a ordem de mandar cunhar uma medalha de acordo com tal modelo. Informado da ocorrência, o arcebispo de Paris, Monsenhor de Quélen, permitiu a cunhagem da medalha, que se propagou rapidamente e ficou conhecida como a "medalha milagrosa". Tais fatos só fizeram aumentar no espírito dos cristãos a devoção à Imaculada e o desejo de que se definisse o dogma respectivo. Numerosos e insistentes pedidos foram encaminhados à Santa Sé nesse sentido.
Pio IX mandou estudar o assunto por parte de bispos e teólogos e resolveu, finalmente, proceder à definição aos 08/12/1854 na basílica de São Pedro em presença de mais de duzentos bispos e uma enorme multidão de fiéis. E menos de quatro anos após a definição do Dogma da Imaculada, deu-se um acontecimento, que contribuiu extraordinariamente para confirmar a palavra do Papa: as dezoito aparições de Lourdes, de 11/02 a 16/07 de 1858. Sendo que a 25/03 a Bem-aventurada Virgem declarou expressamente ser a Imaculada Conceição. Era como o eco da aparição a Santa Catarina Labouré e uma resposta à declaração do Papa em 1854.
O Catecismo da Igreja Católica afirma:
“Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de Seu Filho. ‘Cheia de graça’, ela é o fruto mais excelente da Redenção desde o primeiro instante de sua concepção; foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de sua vida” (§ 508).
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um marco fundamental da fé porque, entre outras coisas, define claramente a realidade do pecado original, o qual, às vezes, é contestado por alguns teólogos modernos, em discordância com o Magistério da Igreja.
Neste seio virginal, diz S. Luiz, Deus preparou o “paraíso do novo Adão” (Tratado da Verdadeira Devoção , n. 18).
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja e ardoroso defensor de Maria, falecido em 1787, disse:
“Maria tinha de ser medianeira de paz entre Deus e os homens. Logo, absolutamente não podia aparecer como pecadora e inimiga de Deus, mas só como Sua amiga, toda imaculada” (Glórias de Maria, p. 209). E ainda: “Maria devia ser mulher forte, posta no mundo para vencer a Lúcifer, e portanto devia permanecer sempre livre de toda mácula e de toda a sujeição ao inimigo” (idem, p. 209).
S. Bernardino de Sena (†1444), diz a Maria: “Antes de toda criatura fostes, ó Senhora, destinada na mente de Deus para Mãe do Homem Deus. Se não por outro motivo, ao menos pela honra de seu Filho, que é Deus, era necessário que o Pai Eterno a criasse pura de toda mancha” (GM, p. 210).
Diz o livro dos Provérbios: “A glória dos filhos são seus pais” (Pr 17,6); logo, é certo que Deus quis glorificar Seu Filho humanado também pelo nascimento de uma Mãe toda pura.
S. Tomas de Vilanova (†1555), chamado de São Bernardo espanhol, disse em sua teologia sobre Nossa Senhora:
“Nenhuma graça foi concedida aos santos sem que Maria a possuísse desde o começo em sua plenitude” (GM, p. 211).
S. João Damasceno, doutor da Igreja (†749), afirma:
“Há, porém, entre a Mãe de Deus e os servos de Deus uma infinita distância” (GM, p. 211).
E pergunta S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja (†1109), e grande defensor da Imaculada Conceição:
“Deus, que pôde conceder a Eva a graça de vir ao mundo imaculada, não teria podido concedê-la também a Maria?”
“A Virgem, a quem Deus resolveu dar Seu Filho Único, tinha de brilhar numa pureza que ofuscasse a de todos os anjos e de todos os homens e fosse a maior imaginável abaixo de Deus” (GM, p. 212).
É importante notar que S. Afonso de Ligório afirma:
“O espírito mal buscou, sem dúvida, infeccionar a alma puríssima da Virgem, como infeccionado já havia com seu veneno a todo o gênero humano. Mas louvado seja Deus! O Senhor a preveniu com tanta graça, que ficou livre de toda mancha do pecado. E dessa maneira pode a Senhora abater e confundir a soberba do inimigo” (GM , p. 210).
Nenhum de nós pode escolher sua Mãe; Jesus o pode. Então pergunta S. Afonso: “Qual seria aquele que, podendo ter por Mãe uma rainha, a quisesse uma escrava? Por conseguinte, deve-se ter por certo que a escolheu tal qual convinha a um Deus” (GM, p. 213).
Quando Deus eleva alguém a uma alta dignidade, também o torna apto para exercê-la, ensina S. Tomás de Aquino. Portanto tendo eleito Maria para Sua Mãe, por Sua graça a tornou digna de ser livre de todo o pecado, mesmo venial, ensinava S. Tomás; caso contrário, a ignomínia da Mãe passaria para o Filho (GM, p. 215).
Nesta mesma linha afirmava S. Agostinho de Hipona, Bispo e doutor da Igreja (†430), já no século V:
“Nem se deve tocar na palavra “pecado” em se tratando de Maria; e isso por respeito Àquele de quem mereceu ser a Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça” (GM, p. 215).
Pergunta S. Cirilo de Alexandria (370-444), bispo e doutor da Igreja: “Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?” (GM, p. 216).
S. Bernardino de Sena ensina que Jesus veio para salvar a todos, inclusive Maria. Contudo, há dois modos de remir: levantando o decaído ou preservando-o da queda. Este último modo Deus aplicou a Maria.
Podendo o Espírito Santo criar Sua Esposa toda bela e pura, é claro que assim o fez. É dela que fala: “És toda formosa minha amiga, em ti não há mancha original” (Ct 4,7). Chama ainda Sua Esposa de “jardim fechado e fonte selada” (Ct 4,12), onde jamais os inimigos entraram para ofendê-la.
“Ave, cheia de graça!” Aos outros santos a graça é dada em parte, contudo a Maria foi dada em sua plenitude. Assim “a graça santificou não só a alma mas também a carne de Maria, a fim de que com ela revestisse depois o Verbo Eterno”, afirma S. Tomás (GM, p. 220).
O´ Maria concebida sem pecado; rogai por nós que recorremos a Vós!
Prof. Felipe Aquino – Cleofas
Fonte:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=7841
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=11246
Imagens: Wikipedia
O martírio da Virgem é mencionado tanto na profecia de Simeão quanto no relato da paixão do Senhor. Este foi posto, diz o santo ancião sobre o menino, como um sinal de contradição, e a Maria: e uma espada transpassará tua alma (cf. Lc 2,34-35).
Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada transpassou tua alma. Aliás, somente transpassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu Jesus – de todos certamente, mas especialmente teu – a lança cruel, abrindo-lhe o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela transpassou a tua lama. A alma dele já ali não estava, a tua, porém, não podia ser arrancada dali. Por isso a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal.
E pior que a espada, transpassando a lama, não foi aquela palavra que atingiu até a divisão entre alma e o espírito: Mulher, eis aí teu filho? (Jo 19,26). Oh! Que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em vez de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem, em vez do Deus verdadeiro. Como ouvir isso deixaria de transpassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos corta os corações, tão de pedra, tão de ferro?
Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição. Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos.
Talvez haja quem pergunte: “Mas não sabia ela de antemão que iria ele morrer?” sem dúvida alguma. “E não esperava que logo ressuscitaria?” Com toda a confiança. “E mesmo assim sofreu com o crucificado?” Com toda a veemência. Aliás, tu quem és ou donde tua sabedoria, para te admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual.
Dos sermões de São Bernardo, abade. Liturgia das Horas
Diante da Virgem Maria ao pés da Cruz, tanta dor e tanto sofrimento, mas tanta fortaleza e fé, que neste momento Jesus Crucificado não poderia dar maior presente aos seus discípulos e a toda humanidade representada ali por João o discípulo amado. Maria conhece as dores do nosso coração, por isso, depositemos em seu coração transpassado os nossos pedidos e suplicas confiantes que tudo que pedirmos a Mãe o Filho atende:
Reze a Coroa de Nossa Senhora das Dores
A Coroa de Nossa Senhora das Dores teve início na Itália em 1617, por iniciativa da Ordem dos Servos de Maria, assim como a Missa de Nossa Senhora das Dores, que hoje é celebrada em toda a Igreja no dia 15 de setembro.
A Coroa é um dos frutos do carisma mariano da Ordem, cultivado desde 1233, ano de Vossa fundação. A Coroa surgiu inicialmente como alimento da piedade Mariana dos leigos reunidos em grupos chamados Ordem terceira.
A devoção à Nossa Senhora das Dores possue fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão que profetiza a lança que transpassaria (dor) o seu coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do menino Jesus; a paixão do Senhor; Crucifixão-morte e sepultura de Jesus Cristo. Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora pelas dores, mas sim por que também pelas dores oferecidas participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim oblação de si para uma Civilização do Amor.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Nós vos louvamos Senhor, e vos bendizemos!
Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.
Nós contemplamos vossas Dores, ó Mãe de Deus!
E vos seguimos no caminho da fé!
Primeira Dor – Profecia de Simeão: Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Segunda Dor – Fuga para o Egito: O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Terceira Dor – Maria procura Jesus em Jerusalém: Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Quarta Dor – Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário: Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Quinta Dor – Maria ao pé da Cruz de Jesus: Junto à cruz de Jesus estava de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Sexta Dor – Maria recebe Jesus descido da Cruz: Chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
Sétima Dor – Maria deposita Jesus no Sepulcro: Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a). 1 Pai Nosso; 7 Ave Marias.
A festa da Assunção de Maria, dogma da Igreja proclamado pelo Papa Pio XII, deu origem a devoção a Nossa Senhora da Assunção, celebrada a 15 de agosto, enquanto que a festa litúrgica é celebrada no domingo imediatamente posterior a essa data.
A Assunção de Nossa Senhora não se encontra na Sagrada Escritura, mas foi transmitida pelos cristãos oralmente e escrita por séculos.
Vários Santos Papas da Igreja e São João Damasceno referem que a "dormição" de Nossa Senhora (como foi chamado sua morte) foi suave e foi assistida por vários discípulo e entre eles estava São Dionísio que narrou os fatos.
Contam que os Apóstolos foram levados para Jerusalém na noite anterior ao desenlace de Nossa Senhora.
O Apóstolo São Tomé chegou 3 dias depois e pediu para ver o corpo de Nossa Senhora, quando retiraram a pedra do túmulo, o corpo já não se encontrava lá. Os Anjos retiraram seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, pois como seu Filho ressuscitara ao terceiro dia..
Esses relatos foram encontrados nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos e relatados no Concílio geral de Calcedônia, em 451.
Em 1º de Novembro de 1950 pela Constituição Apostólica do Papa Pio XII – Munificientissimum Deus – Definição do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em corpo e alma ao céu.
Oração a Nossa Senhora da Assunção
Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos,
bem sabemos que, miseráveis pecadores,
não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas,
mas sabemos que a vossa grandeza
não vos faz esquecer a nossa miséria e,
no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir,
aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto desse trono em que reinais
sobre todos os anjos e santos,
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos;
vede a quantas tempestades e mil perigos
estaremos, sem cessar,
expostos até o fim de nossa vida.
Pelos merecimentos de vossa bendita morte,
obtende-nos o aumento da fé,
da confiança e da santa perseverança
na amizade de Deus, para que possamos, um dia,
ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes
às dos espíritos celestes,
para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu.
Assim seja!
OREMOS:
Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós.
São Bernardo. Nascido no Castelo de Fontaine, perto de Dijon. É de sua autoria a invocação que solidamente fazemos a Nossa Senhora: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”. E pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.
Maria é essa estrela esplêndida que se eleva sobre a imensidão do mar, brilhando pelos próprios méritos, iluminando por seus exemplos. Ó tu que te sentes longe da terra firme, levado pelas ondas deste mundo no meio dos temporais e das tempestades, não desvies o olhar da luz deste Astro, se não quiseres perecer. Se o vento das tentações se elevar, se o Recife das provações se erguer na tua estrada, olha para estrela, chama por Maria. Se fores sacudido pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que seu nome nunca se afaste de seus lábios, que não se afaste de teu coração; e para obter o auxílio da sua oração, não te descuides do seu exemplo de vida. Seguindo-a, terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe, de não desesperar; consultando-a de não te enganares. Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, nada terás de temer; se te conduzir, não sentirás cansaço; se te for favorável, atingirás o objetivo.
Maria, modelo de fé dos cristãos, rogai por nós!