“Ficou claro para mim, enquanto eu pensava sobre isso que o homossexualismo nos impede de achar nossa verdadeira personalidade. Quando estamos na cegueira do homossexualismo, não conseguimos ver a verdade.”
Artigos
O tema “Forte chamado, fecunda resposta” foi desenvolvido por Emmir Nogueira, co-fundadora da Comunidade Shalom. A pregadora iniciou citando como exemplo principal a Beata Madre Teresa de Calcutá e serviu como direcionamento para a sua pregação a frase “Hoje, vale mais uma gota de santidade do que um oceano de genialidade”, disse fazendo referência a Gounod.
“Com Madre Teresa aprendemos, através de sua resposta de amor, a também corresponder ao nosso chamado com toda a alegria e disposição, estando dispostos a sair da nossa comodidade, dos nossos planos e da nossa vontade”, disse.
Emmir foi enfática ao dizer que devemos deixar os nossos planos, nossas vontades próprias, a nossa vida superficial, a nossa vida “mais ou menos”, a vida que os outros traçaram para nós e ir correndo, o mais rápido possível, para onde Deus quer que estejamos, para a Sua vontade.
Ainda ensinou que bastava uma única palavra para transformar as nossas vidas, e esta palavra é o “sim”. “Mas um ‘sim’ à vontade de Deus, um ‘sim’ que, mesmo tímido ou temeroso, é capaz de mudar as nossas vidas porque Deus não quer nos perder por nada, pelo contrário, por nos amar Ele nos quer por perto, num caminho de e para a felicidade”, disse.
Desta forma, convidava-nos a dizer sim à santidade! A nos lançar nos braços de Deus, a querer Sua vontade acima de tudo e a nos libertar de tudo o que nos prende para podermos irmos ao encontro de Deus que nos ama muito.
Por: Emmir Nogueira
Fonte: Comunidade Shalom
Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado.
Sim, isso é uma pergunta, contudo, nesta circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar a interrogação: Por quê? Esta afirmação se fundamenta no ofício de observar e na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.
Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele por meio da renúncia, percebe-se – não raras as vezes – um profundo sofrimento e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.
Mas por que se ama tanto os vícios e pecados? Por que, comumente, se inventa tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?
Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado, para convencer a todos de que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.
Não se costuma ouvir pessoas dizendo: “Eu não aguento mais ficar sem adorar a Jesus na Eucaristia. Já estou ficando louco! Preciso adorá-Lo agora!”. Mas, infelizmente, é comum ouvir muitos entoando: “Não aguento mais ficar sem sexo (desregrado/fora do matrimônio), sem bebidas, drogas, prostituição, nem sem pensar e falar bobagens… Estou ficando louco sem isso!”.
É lastimável, mas, na maioria das vezes, Deus fica tão pequeno dentro de nós diante da força e expressão que possui o pecado, que dá até – metaforicamente falando – para ter dó d’Ele, pois, Ele acaba ficando sempre em segundo plano diante do amor que o homem nutre pelo pecado.
“Faz-se de tudo para possuir o que se ama!”. Diante de tal enunciado desvela-se a imprecisão de muitos corações que professam um amor profundo a Deus, mas não são capazes de “mover uma palha” para estar com Ele e saber um pouco mais como funciona o Seu belo coração. “Amam” tanto a Deus, mas não são capazes de deixar, muitas vezes, de assistir a um jogo de futebol para ir à Santa Missa… Contudo, para estar com o pecado parece que a disposição é sempre nova e real.
Perguntemo-nos: Pelo que meu coração tem lutado? O que ele tem verdadeiramente buscado e desejado? E mais: o que ele tem amado? É preciso ser realmente sincero consigo para responder a essas perguntas e para perceber onde, de fato, se tem ancorado o próprio coração.
O caos – ausência de ordem – estabelece-se quando o princípio que move o coração deixa de ser Aquele que o criou. Assim, os próprios valores desvalorizam-se e o homem fica de “ponta cabeça”, valorizando o circunstancial – aquilo que passa – e esquecendo-se do eterno – lugar onde reside a verdadeira realização.
Exerçamos com sensibilidade essa observação e descubramos sinceramente em que paragens tem peregrinado o nosso coração. Para assim podermos, com inteireza e responsabilidade, direcioná-lo ao seu verdadeiro bem.
Padre Adriano Zandoná – Comunidade Canção Nova
A Teologia da Libertação prega a primazia do material sobre o espiritual e luta por uma causa contrária aos mandamentos divinos.
O comunista italiano Antonio Gramsci dizia que o maior inimigo do comunismo é a Igreja Católica e que a revolução comunista só terá sucesso se Ela for destruída. Entretanto, Gramsci notou que a Igreja não poderia ser destruída por meio de ataques externos, até porque em dois mil anos esse tipo de ataque abundou e mesmo assim a Igreja continuou de pé. Para o italiano, a solução era destruir a Igreja por dentro.
A infiltração de comunistas dentro da Igreja Católica começou nos anos 40 do século passado. Claro que as digitais de Stalin são encontradas nessa estratégia. Ainda que essa infiltração não se restrinja a isso, não há como negar que a Teologia da Libertação se configurou na mais poderosa tentativa de destruição, por meio de ataques internos, contra a Igreja.
Os principais líderes da Teologia da Libertação (utilizo o termo no seu sentido restrito, ou seja, no sentido marxista) são o peruano Gustavo Gutiérrez e os brasileiros Leonardo Boff e Hugo Assman, que escreveram obras como “Jesus Cristo Libertador” e “Teologia da Libertação”. Qualquer pessoa com um conhecimento mínimo de marxismo percebe que esses livros na verdade apenas aplicam os conceitos do marxismo vulgar à Teologia Cristã, subvertendo-os e os transformando em ode à revolução. Cristo é apresentado como um comunista que veio libertar o povo pobre da opressão da elite e acabou sendo crucificado pelos poderosos.
A Teologia da Libertação é algo tão contrário ao Cristianismo que confesso ter dificuldades em entender como existem cristãos que são adeptos dela. Com efeito, parece-me que seus líderes agem de má-fé e seus seguidores são no mínimo ingênuos e mal-informados. Existem várias maneiras diferentes de provar a contrariedade dessa “teologia” em relação ao Cristianismo. Uma delas é meditar sobre a primeira tentação que o Diabo dirigiu a Cristo depois dos quarenta dias de jejum pelos quais Ele havia passado:
“Então aproximou-se o tentador e lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Mas Jesus respondeu: “Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. (Mt. 4, 3-4).
Segundo o falecido bispo norte-americano Fulton Sheen, “a primeira tentação de Nosso Senhor tendia a fazer dele uma espécie de reformador social, para dar pão às multidões no deserto onde nada mais podiam encontrar senão pedras. A visão de um melhoramento social sem regeneração espiritual tem constituído uma tentação à qual sucumbiram, lastimosamente, muitos homens importantes na história”.
Note-se que apenas por causa disso, a Teologia da Libertação já iria contra Cristo, pois não apenas o melhoramento social é colocado acima da regeneração espiritual, como até mesmo é colocado como condição para ela (isso para não falar que a Teologia da Libertação faz, atualmente, o papel do Diabo). Mas Cristo respondeu que há necessidades mais profundas no homem que um estômago cheio e satisfações maiores que a sensação de saciedade depois de se alimentar. E é importante ressaltar que Ele disse tudo isso de estômago vazio.
Entretanto, a passagem bíblica citada também mostra de outra forma o caráter anti-cristão da Teologia da Libertação. Cristo disse que nem só de pão vive o homem, mas de tudo aquilo que sai da boca de Deus, o que nos leva a questionar o que é que sai da boca de Deus. Dentre as várias coisas que saíram da boca de Deus, tendo em vista as propostas dos “libertadores”, é importante destacar o seguinte mandamento:
“Tu não desejarás para ti a casa de teu próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, qualquer coisa que pertença a teu próximo” (Dt. 5, 21).
E o que é o comunismo, e conseqüentemente a Teologia da Libertação, senão o desejo da casa, do campo, dos carros, enfim, dos bens em geral do próximo? O que é a revolução comunista e a expropriação dos bens privados que a seguirá, senão uma clara afronta a este mandamento divino?
E não é só isso que sai da boca de Deus. Quando perguntado sobre qual era o mandamento mais importante, Jesus respondeu: “O primeiro é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todo o teu espírito, e com toda a tua força. O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento maior do que estes”.
Disso surge a questão de como alguém cumpre o segundo mandamento, isto é, amar o próximo como a si mesmo, se prega a luta revolucionária e o extermínio de toda uma classe social? Obviamente, isso não é possível.
A Teologia da Libertação prega a primazia do material sobre o espiritual e luta por uma causa contrária aos mandamentos divinos. Cristo disse: “Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração” (Mt. 6, 21). Se o tesouro da Teologia da Libertação está neste mundo, também nele está o seu coração. E o príncipe deste mundo, como qualquer cristão sabe, é o diabo.
autor: Marcelo Moura Coelho (*) Este texto foi publicado no site Mídia Sem Máscara há alguns anos.
(*) O autor é Bacharel em Direito.
Porque? Basicamente por negar a própria essência da Religião, que é a ação sobrenatural (acima das possibilidades da natureza humana) da graça de Deus na Redenção do homem. A Redenção é reduzida a uma melhoria social, conquistada pela luta natural, os Sacramentos são vistos como símbolos naturais de algo igualmente natural, e não como sinais visíveis e eficazes de uma realidade sobrenatural, etc.
Isto é tornado ainda mais grave pelo fato de ser usado um vocabulário católico para expressar idéias contrárias à Religião, usando de “libertação” para falar de reorganização social igualitária, “pecado” para falar de estruturas sociais de classe, “teologia” para falar de sociologia, “evangelização” para falar de agit-prop (“agitação e propaganda”, nome da seção de um partido comunista encarregada de difundir o marxismo), etc.
Assim esta heresia conseguiu em alguns lugares, aproveitando-se da imensa confusão que ocorreu depois do Concílio Vaticano II e usando um tal “espírito do Concílio” para opôr-se ao que o texto do Concílio mandava, conquistar dioceses importantes e, o que é ainda mais triste, em grande medida as congregações que até então eram as mais fiéis à Igreja: jesuítas, dominicanos e franciscanos.
Nas dioceses submetidas ao duro tacão da TL, a Fé Católica é perseguida dentro da Igreja, bons padres são ostracizados, as pastorais não podem ser religiosas, enquanto as seitas crescem como cogumelos e as vocações desaparecem.
Infelizmente ainda há alguns bispos que seguem esta linha, mas a imensa maioria já está chegando à idade de aposentar-se. Além disso, como esta heresia é na prática contrária ao sacerdócio, as vocações nas dioceses TL são pouquíssimas e a tendência é não ter mais padres. Há também alguns bispos TL mais novos, infelizmente, mas são uma minoria e em geral não estão em posição de influenciar além das fronteiras de suas dioceses.
Note que não defendo de forma alguma o neoliberalismo, novo nome aliás de uma velha mentira, oriunda da mentalidade protestante, especialmente calvinista. A Revolta Protestante foi feita para isso, para permitir que uma classe recém-surgida (a burguesia) pudesse achacar e cometer o pecado de usura e achar que não ia para o Inferno por causa disso. O “neoliberalismo” é simplesmente o nome da moda da mesma velha mentira.
Solução? A Doutrina da Igreja, vista por seu lado social. Apoiar a propriedade privada e a pequena empresa, proporcionar condições dignas de trabalho ao empresário e ao assalariado, etc.
(Frei Patrício Sciadini, ocd – Revista Shalom Maná)
Não sei quantos cursos de oração tenho ministrado ao longo da minha vida. Nem por isso me considero capaz de rezar nem de ensinar a rezar. A melhor pedagogia da oração nos é oferecida pelo próprio Jesus, quando um dia, estando em oração, os discípulos se aproximam dele e dizem: “Mestre, ensina-nos a orar como João Batista ensinou aos seus discípulos”. Jesus simplesmente diz: “Portanto, é assim que haveis de rezar: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino, seja feita a tua vontade assim na terra, como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam, e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” (Mt 6,9-13).
A oração do Pai-nosso continua a ser o melhor método para aprender a rezar em todos os momentos. Antes de tudo, precisamos nos retirar no silêncio, na solidão, afastar-nos de tudo o que pode nos atrapalhar, desligar-nos do “mundo” para que ele não invada a nossa casa interior. É o momento de fechar todas as portas. Esta atitude não é sinônimo de fuga ou de falta de inserção, mas é o caminho pedagógico para entrar pela porta da oração que nos introduz no castelo interior da alma e nos leva aos segredos mais profundos, onde estamos a sós com Aquele que é.
Ninguém pode permanecer atento ao que acontece dentro de si se está totalmente distraído com aquilo que acontece ao seu redor. Concentrar-se na oração quer dizer dirigir os sentidos externos e internos ao único objeto da nossa oração. Contemplar a Deus no seu mistério trinitário e na presença viva e atuante das três pessoas da Santíssima Trindade, é dirigir o olhar para o Outro que sabemos que nos ama. Quando os olhos de Deus e da criatura se encontram, aí acontece a verdadeira intimidade que não pode ser traduzida com palavras, mas somente com o autêntico e verdadeiro silêncio de adoração.
Reconverter os nossos sentidos
Somos demasiadamente acostumados a não orientar os sentidos externos: a visão, a audição, o tato, o olfato, o paladar… Procuramos sempre o que mais nos agrada e isto lentamente nos afasta de uma “ascese” sadia e cristã que exige que saibamos ser senhores de nós mesmos. Lentamente percebemos que tantas coisas devem ser deixadas de ser vistas se queremos “ver” além das aparências e das coisas. Se nos acostumamos à solidão, ao silêncio com amor e se sabemos dizer “não” ao que pode nos prejudicar, vamos percebendo a necessidade cada vez maior de “disciplinar-nos” para que o homem velho possa morrer e o homem novo possa nascer e ser espiritual.
Não é tão fácil dominar e disciplinar os sentidos interiores: vontade, inteligência, imaginação. Aliás, Santa Teresa mesmo, com seu fino humorismo, chama esta – a imaginação – de “louca da casa” que, como tal, tem a força de levar-nos longe do que é essencial para estar a sós com o Senhor.
“O último remédio que encontrei, depois de sofrer longos anos, … é o de não ouvir mais a fantasia do que se ouve um louco; deixá-la com sua teimosia, que só Deus pode tirar – afinal, ela já está dominada… porque ela não pode, por mais que faça, atrair para si as outras faculdades.” (V 17,7).
“Há pouco mais de quatro anos vim a entender, por experiência, que o pensamento – ou imaginação, para que melhor se compreender –, não é a mesma coisa que o intelecto… A imaginação voa tão depressa que só Deus a pode deter, fixando-a a tal ponto que a alma parece, de certo modo, estar desligada do corpo. Eu via – segundo o meu parecer – as faculdades da alma fixadas em Deus e recolhidas Nele, e, por outro lado, a imaginação alvoroçada…
Ó Senhor, tende em conta o muito que sofremos neste caminho por falta de instrução!… Experimentamos terríveis sofrimentos por não nos entendermos. E chegamos a pensar que é grande culpa o que, longe de ser mau, é bom. Daqui provêm aflições de muitas pessoas voltadas para a oração, ao menos das que são pouco esclarecidas. Elas se queixam de sofrimentos interiores, tornam-se melancólicas, perdem a saúde e até abandonam a oração por completo, desconhecendo que há um mundo interior em nós. E assim como não podemos deter o movimento do céu, que anda a toda velocidade, tampouco podemos deter a nossa imaginação… Muitas vezes a alma está muito unida a Deus nas moradas mais elevadas, ao passo que a imaginação se encontra nos arrabaldes do castelo, padecendo com mil animais ferozes e peçonhentos e merecendo com esse padecer. Assim, nem a imaginação deve nos perturbar nem devemos deixar a oração, que é o que deseja o demônio.” (4M 1,8-9).
Reconverter os sentidos é o caminho para poder nos concentrar na oração ou em tudo o que fazemos. As distrações fazem parte da vida. Nem sempre somos capazes de dominá-las e “reuni-las” para que nos levem longe do objetivo do nosso agir, do nosso pensar e amar.
O auxílio de um bom livro
É sempre bom assumir uma atitude de discipulado e perguntar à Madre Teresa, mestra e doutora da oração, o que devemos fazer para nos concentrar com maior facilidade na oração, deixando de ser dispersivos e de ir de flor em flor sem sugar, como as abelhas, o saboroso néctar para depois transformá-lo em mel substancioso.
Um livro para se alimentar e se recolher. Ao longo dos seus anos de aridez e dificuldades na oração, Teresa encontrou ajuda no uso do livro como amigo e apoio nos seus momentos de solidão e sofrimento interior onde o seu coração estava árido e nenhum bom pensamento nascia ali. “Eu não teria conseguido perseverar na oração nos dezoito anos em que acometeram tamanhos sofrimentos e aridez, visto não poder fazer oração discursiva, sem as leituras. Por todo esse tempo, eu não me atrevia a começar a orar sem livro, exceto quando acabava de comungar; minha alma temia tanto orar sem livro que era como se tivesse de enfrentar um exército.” (V 4,9).
Esta experiência teresiana nos aconselha: “É muito útil usar um bom livro, mesmo para recolher o pensamento e vir a rezar bem vocalmente; assim, vai-se acostumando pouco a pouco a alma, com carinhos e artifícios, para não amedrontá-la.” (C 26,10).
Quais livros Teresa preferia para sua oração? Já havia superado o desejo de ler livros de “cavalaria” e buscava livros que lhe falassem e introduzissem no conhecimento de Jesus Cristo. Sabemos que ela leu e releu a Vida de Cristo do cartuxo Ludolfo de Saxônia, mas entre tantos livros, o Evangelho permaneceu o seu livro por excelência; no Evangelho ela buscou descobrir o rosto de Cristo e se concentrar na contemplação do Filho de Deus, que amava e contemplava na sacratíssima humanidade: “Sempre tive afeição pelas palavras dos Evangelhos, que me levavam a maior recolhimento do que livros muito bem redigidos – especialmente se o autor não era muito aprovado, eu não tinha vontade de lê-los. Recorro, portanto, a esse Mestre da sabedoria e talvez aprenda Dele alguma consideração que vos contente.” (Caminho 21,4).
Este conselho é válido também hoje, pois a Palavra de Deus, a Bíblia, é o livro fundamental do nosso encontro com Deus, a fonte da nossa oração.
Fonte: Portal Shalom – http://pjshalommossoro.blogspot.com
A única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele
Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil assistir a Santa Missa, a reza do Terço fica pesada, etc. Até mesmo a sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu.
Como vencer esse estado de espírito no qual parece que Deus está longe e que nos falta a fé?
Primeiro é preciso verificar se esta situação não é tibieza, isto é, causada por nossa culpa em não perseverar no cuidado da vida espiritual, e, sobretudo, verificar se não há pecados graves em nossa alma, que possam estar afugentando dela a graça de Deus.
Se não houver pecados na alma, então, é preciso antes de tudo, calma, paciência e perseverança nos exercícios espirituais: oração, vida sacramental, caridade, penitência, etc. Mesmo sem vontade ou sem gosto, continuar, sem jamais parar, os exercícios espirituais.
Deus, às vezes, permite essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, como disse um santo. São João da Cruz, místico que tanto experimentou o que chamou de “noite escura da fé”, afirmou que “o progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber.”
Muitas vezes, nos deleitamos nas orações gostosas, cheias de fervor sensível, como crianças quando comem doces. Mas quando vem a luta, deixamos a oração.
Veja o que nos diz a Palavra de Deus:
“Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?… Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos… Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).
Deus nos quer santos, e é também algumas vezes pela provação e pela aridez espiritual que Ele arranca as ervas daninhas do jardim de nossas almas. Coragem, alma querida de Deus! Jesus disse que Ele é a videira verdadeira, e Seu Pai o bom agricultor, que podará todo ramo bom que der fruto, para que produza mais fruto (cf. Jo 15,1-2).
Não podemos querer apenas o açúcar do pão e renegar o pão do sacrifício. Às vezes a meditação é difícil, a oração é penosa, distraída, surgem as noites e as trevas… Nessas horas é preciso silêncio, abandono, paciência. O Esposo há de voltar logo… Em breve vai raiar a aurora e os fantasmas vão sumir.
Quanto mais a noite fica escura, mais perto nos aproximamos da aurora. Deus sabe o que estamos passando, louvado seja o Seu santo Nome! É hora de abandono em Suas mãos paternas.
Em meio às trevas alguns sentem o coração como se fosse de gelo, não sentem mais amor a Jesus, perdem a piedade, se sentem condenados. Que desoladora confusão espiritual!
Nestas horas a única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele na fé; confiança e abandono, irmão! Só o Senhor sabe o caminho para sairmos deste matagal fechado e escuro.
Deus nos prepara para a contemplação pelas provas passivas, ensinam os santos. Ele as produz e a alma apenas tem que aceitar. É o duro caminho dos que querem a perfeição. Ele está purificando a alma; o Cirurgião Celeste está nos operando a alma.
São João da Cruz fala da famosa “noite dos sentidos” cheia de aridez e de provação, um verdadeiro martírio para a alma. Segundo o santo doutor, é Jesus que chama a alma a caminhar com Ele no deserto, mesmo queimando os pés e sendo queimado pelo sol, para se santificar.
Calma, alma querida de Deus, Ele faz isso porque o ama muito! O fogo bom não é aquele “fogo de palha”, alto e bonito, mas rápido, que logo se apaga; mas é o fogo baixo que pega na lenha grossa e permanece por muito tempo. O fogo de palha é só para começar…
É isso que está acontecendo; não se assuste; não se preocupe porque o gosto de rezar sumiu e se tornou um agora um sacrifício penoso… Fé não é sentimento e muito menos sentimentalismo; fé é adesão, com a mente, a Deus, às Suas verdades e às Suas determinações. Não se preocupe de estar ou não “sentindo” fé ou devoção; apenas viva-a; vá à Missa, ao grupo de oração, ao Terço, com ou sem vontade, com ou sem gosto, com ou sem sentimento. Assim, temos mais méritos ainda diante de Deus.
Nesta situação talvez você precise de um diretor espiritual, especialmente na Confissão, para uma boa orientação.
Prof. Felipe Aquino
Todo ser humano tem necessidade e precisa de cura interior e de libertação, porque dificilmente uma pessoa não passou por sofrimento ou não foi contaminado por algo oculto, a cura interior, ela é a chave para a cura total. Muitas das nossas doenças físicas, não são apenas doenças, mas, são mais do que isto, são efeitos físicos, sinais de uma doença interior muito maior. É muito comum quando uma criança que esta carente de afeto, ela fica muito chorona, triste, desanimada, as vezes deita com ar de doença, a mãe ou alguém da família pergunta o que esta acontecendo ela diz que esta com uma dor as vezes na cabeça, na barriga, no ouvido, na garganta, etc. Naquele momento em que ela teve atenção da mãe, foi tocada, as vezes abraçada, ela sente afeto, carinho e atenção, vamos perceber que sempre que ela tiver carente de afeto, ela vai manifestar uma dor, isto vai tornar para ela uma válvula de escape, consequentemente um efeito de doença física. Na maioria das vezes as pessoas vão ter doenças em sua vida, muitas delas de fundo emocional, devido as suas carências, seus bloqueios emocionais e psicossomáticos. Estas pessoas vão até ser medicadas, isto até provoca um alivio, mantém a pessoa até equilibrada e muitas vezes a pessoa não pode parar de tomar remédio pelo resto da vida, mas não a cura . É muito comum até pessoa procurar um médico para fazer um bom diagnóstico, exames laboratoriais, até mesmo rx , ultra-sonografia , exames sofisticados, tem os sintomas, mas não manifesta a doença propriamente dita, outras vezes manifesta a própria doença. Outra situação é também mães que seus filhos ficaram doentes, devido a condição financeira ou até mesmo por costume levaram-no as benzedeiras espiritas e foram contaminadas, por isso necessitam de libertação, porque dentro da libertação, muitas contaminações se apresenta com efeitos físicos de doenças . Pessoas que tem vícios, nas drogas, alcoolismo ou de auto medicar, até podemos dizer que são pessoas com grande problemas emocionais ou de contaminação, pois cria em si muitas rejeições e doenças que são muito comum. A exemplo de doenças de fundo emocionais que podem acontecer; bronquites , asma, dores de cabeça ,enxaquecas , gastrites, ulceras, problemas de visão, de audição, dificuldades de falar a pessoa fica gaguejando, tiques nervosos, agressividade ou pessoas inertes (sem reações), etc . Não queremos dizer que todas essas doenças neste aspecto são de fundo emocionais , mas muitas delas são.
Tudo me pediste… Nada eu te neguei…
Quanto mais nos aproximamos de Deus, nos tornamos criaturas mais sensíveis.
A criatura humana foi feita para adorar a Deus. Quando nos defrontamos e nos abrimos para Deus, ficamos abismados e admirados por Ele.
A característica da adoração é essa admiração. Às vezes nem temos palavras. Ficamos boquiabertos diante do Santíssimo.
Deus nos deu inteligência para saber e conhecer. Deu-nos sensibilidade. Sentimos e temos emoções. Assim, quando estivermos diante dele, sentiremos essa emoção diferente de ficar admirados, emocionados e envolvidos diante de Deus: é a oração do coração que apaixonado, oração secreta porque está envolta pela presença de Deus e que dele se ocupa de maneira ininterrupta.
O pecado original, dentro de nós, é como um defeito de fabricação. Muitas pessoas, ao comprarem um carro novo, percebem logo que ele apresenta defeito e o levam à oficina especializada; devido ao grande trabalho que têm acabam devolvendo o carro para a revendedora. Aquele carro já veio com defeito de fabricação, não por minha culpa e nem porque dirijo mal, mas porque o defeito já existia.
Há uma criatura dentro de nós que só nos dá trabalho: a Palavra de Deus a chama de homem velho. Na verdade somos nós mesmos, mas, uma vez agraciados pelo Senhor, recebemos a efusão do Espírito Santo e um homem novo vai se formando dentro de nós.
Uma transformação vai acontecendo, porém o homem velho continua a existir. Ele nos dá trabalho porque tem defeito de fabricação, de nascença. Viemos com um defeito de fabricação que se chama pecado original e, é justamente por causa desse pecado que, sem desejarmos, há em nós uma indisposição para adorar.
Às vezes você fica atrapalhado ou com vergonha pelo fato de não conseguir fazer adoração e faz de tudo para que as outras pessoas não saibam que sente essa dificuldade.
Só que infelizmente isso é algo natural, que acontece por causa do defeito de fabricação que temos: o pecado original.
Admirar Deus nos faz um bem enorme. Não é que Ele goste de ser admirado, mas é que Ele sabe que essa admiração faz bem a nós, como que recarregando nossas baterias.
Nossa admiração diante de Deus nos torna mais gente, nos faz mais criaturas humanas, nos faz crescer como pessoa. Quanto mais nos aproximamos de Deus, nos tornamos criaturas mais sensíveis. Por isso Ele nos deu a graça de poder adorá-Lo.
Apaga-se a Lamparina
Uma profecia reservada para os nossos conturbados tempos que ficou oculta durante três séculos no Mosteiro Real das Concepcionistas de Quito, Equador, veio à tona agora no início do século XX.
A Santíssima Virgem, apresentando-se à sua filha querida Madre Mariana de Jesus Torres, predisse em detalhes que uma grave crise se estenderia a partir do século XIX e XX e que a Igreja de Cristo seria eclipsada por um período em que Ela mesma denominou de "tenebrosa era".
Justamente quando Roma decidiu calar a resposta do Céu que o Santo Padre Bento XV solicitara para a paz no mundo (cf. Quando o Papa suplicou, a Santíssima Virgem respondeu ) a extraordinária profecia de Nossa Senhora do Bom Sucesso confirma o que faltou ser explicado sobre a visão do Terceiro Segredo, revelado ao mundo somente em 2000 pelo Vaticano.
A lamparina do Sacrário que se apaga
Na madrugada do dia 2 de fevereiro de 1634, quando Madre Mariana de Jesus Torres suplicava com grande fervor no coro superior do Convento de Quito, com os olhos fixos no Sacrário, viu a lamparina que ardia diante de Jesus Sacramentado, apagar-se, ficando o altar-mór inteiramente às escuras.
A religiosa quis levantar-se, deixando a oração, para acender uma vela que substituísse a lamparina. Mas não pôde: estava completamente sem sentidos.
Nossa Senhora aparece e explica os siqnificados do fato de a lamparina ter-se apagado.
Nesta situação ela viu uma luz celeste alumiar toda a igreja. E apareceu a Rainha dos Céus que, acendendo a lamparina, pôs-se diante dela, dizendo:
"Filha querida do meu Coração, sou Maria do Bom Sucesso, tua Mãe e Protetora que, trazendo meu Filho Santíssimo no braço esquerdo e o báculo no direito, venho dar-te a alegre notícia de que dentro de dez meses e alguns dias cerrarás por fim teus olhos à luz material deste mundo para abrí-los à claridade da luz Eterna.
“Meu Filho Santíssimo ouviu teus clamores e vai, enfim, pôr termo ao teu desterro. Prepara tua alma para que, purificada mais e mais, entre na plenitude do gozo de teu Senhor.
"Oh, se todos os mortais, e em particular as almas religiosas, o Céu conhecessem, o que é a posse de Deus! Como viveriam de outro modo e jamais poupariam qualquer sacrifício para possuí-Lo.
Mal gravíssimo que tanto dano causa aos conventos: a tibieza
Em seus colóquios com Madre Mariana, a Santíssima Virgem faz revelações que dizem respeito à vida consagrada e, em particular, ao seu Mosteiro Concepcionista, à Colônia que ainda não se tornara República, mas também a toda Igreja Católica de nossos tempos.
Referindo-se a todos os mortais mas, em particular, às almas religiosas, disse a Santíssima Virgem:
"A uns cega o falso brilho das honras e das grandezas humanas e a outros o amor próprio não domado, origem da tibieza, mal gravíssimo que tantos danos causa nos claustros religiosos. Tu, ao despedir-te de tuas filhas, inculca-lhes o fervor, a humildade, o desprezo de si mesmo e a prática incessante das virtudes religiosas associadas a essa simplicidade infantil que torna as almas muito amadas por meu Filho Santíssimo e por Mim, que delas sou a Mãe.
A Santíssima Virgem adverte contra a fúria infernal que assola as congregações de vida contemplativa. Sobretudo, o Mosteiro Concepcionista:
"Em todas as épocas esta minha casa será combatida com furor infernal e procurarão destruí-la e aniquilá-la. Mas Eu e a Providência Divina velaremos por sua conservação, com a cooperação das virtudes praticadas pelas moradoras desta casa, porque, ai! se isto faltasse…
"Faço-te saber também, minha dileta, que meu amor maternal velará sobre os conventos de toda a Ordem de minha Imaculada Conceição, porque esta Ordem me dará muita glória nas santas filhas que terei. Cuidarei, essencialmente, dos conventos fundados nestas terras pelas filhas desta casa. Muitas vezes eles estarão a ponto de extinguir-se, mas por milagre subsistirão. Um só perecerá por altos desígnios de Deus, que saberás quando estiveres no Céu.
Exatamente como Fátima prevê que nações inteiras perderiam o dogma da Fé, Nossa Senhora de Fátima profetiza que muitos conventos fundados pelas filhas daquele mosteiro estariam a ponto de extinguir-se. Mas por milagre subsistirão.
Primeiro significado da lamparina que se apaga: a propagação de heresias nos séculos XIX e XX
Confirmando outras grandes intervenções, como em La Salette, a Mãe do Verbo explica o primeiro significado da lamparina do Sacrário que se apaga, reportando enfaticamente para o nosso tempo.
"A lamparina que arde diante do altar e que viste apagar-se, possui muitos significados".
"O primeiro é que no fim do século XIX, avançando por grande parte do século XX, várias heresias se propagarão nestas terras, então, república livre. E com o domínio delas, apagar-se-á nas almas a luz preciosa da Fé, pela quase total corrupção dos costumes. Nesse período haverá grandes calamidades físicas e morais, públicas e privadas.
"O pequeno número de almas que conservará oculto o tesouro da Fé e das virtudes sofrerá um cruel, indizível e prolongado martírio. Muitas delas descerão ao túmulo pela violência do sofrimento e serão contadas como mártires que se sacrificaram pela Igreja e pela Pátria.
"Para a libertação da escravidão destas heresias, aqueles a quem o amor misericordioso de meu Filho Santíssimo destinará para esta restauração, necessitarão de grande força de vontade, constância, valor e muita confiança em Deus. Para por à prova esta fé e confiança dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será, então, o feliz princípio da restauração completa".
Assim, a Mãe do Verbo adverte que heresias se espalhariam em nosso tempo e apagariam nas almas a preciosa luz da Fé, pela quase total corrupção de costumes.
Segundo significado: catástrofe espiritual no Convento da Imaculada Conceição
Nesse segundo significado da luz que se apaga, a Santíssima Virgem fala naquilo que irmã Lúcia se referiu como "desorientação diabólica", ou seja, uma "falsa caridade" que entraria no convento e faria estragos nas almas. Instigadas pelos demônios, recobertos com a roupagem aparente de virtudes, "membros podres" ou religiosos com aparência de "sepulcros caiados" causarão um relaxamento espiritual que levarã à morte moral, a tibieza e à languidez. Diz a Senhora:
"O segundo motivo é que esta minha Comunidade, estando com reduzido número de pessoas, será submergida no mar insondável de indizíveis amarguras e parecerá afogar-se nestas diversas águas de tribulações.
"Quantas vocações autênticas perecerão, por falta de discrição, tino e prudência das Mestras de Noviças em formá-las! Elas que deveriam ser almas de oração e conhecedoras das diversas vias espirituais. Mas, ai daquelas almas que voltarem a Babilônia do mundo depois de haverem estado no porto seguro deste bendito Mosteiro!
“Nessa desditosa época, até neste meu jardim fechado, entrará a injustiça, que revestida com o nome de falsa caridade, fará estragos nas almas. O invejoso demônio procurará semear a discórdia, lançando mão de membros podres, os quais, recobertos com a roupagem aparente das virtudes, não passarão de sepulcros caiados, donde emanará a pestilência da putrefação, causando numas a morte moral, noutras a tibieza e languidez. E em minhas filhas fiéis, em minhas almas ocultas, cravarão uma espada de dois gumes, que lhes farão sofrer um contínuo e lento martírio. Elas chorarão em segredo e se queixarão a seu Deus e Senhor e as lágrimas assim vertidas serão apresentadas por seus Anjos da Guarda a nosso Pai Celeste, pedindo que se abreviem tempos tão funestos por amor ao Divino Prisioneiro.
Como vemos, as verdadeiras vocações, os verdadeiros fiéis que procuram guardam a observância, a verdadeira Fé, sofrerão indizível e prolongado martírio.
Terceiro significado: a sensualidade que varrerá o mundo
O terceiro significado reporta claramente à onda de impureza e destruição moral que empesta nossa época.
“O terceiro motivo pelo qual se apagou a lamparina é porque nesses tempos estará a atmosfera saturada do espírito de impureza, que a maneira de um mar imundo correrá pelas ruas, praças e logradouros públicos com uma liberdade assombrosa.
"Quase não haverá almas virgens no mundo. A delicada flor da virgindade, tímida e ameaçada de completa destruição, luzirá longe. Refugiando-se nos claustros, encontrará terreno adequado para crescer, desenvolver-se e viver sendo seu aroma o encanto de meu Filho Santíssimo e o pára-raio da Ira Divina. Sem a virgindade seria preciso, para purificar estas terras, que chovesse fogo do Céu.
"O invejoso e pestífero demônio intentará, em sua maliciosa soberba, introduzir-se nestes jardins fechados dos claustros religiosos para fazer murchar esta formosa e delicada flor. Mas Eu o enfrentarei e esmagarei sua cabeça sob meus pés.
"Mas, ai dor! Haverá almas incautas que, voluntariamente, se entregarão às suas garras. E outras, voltando para o mundo, serão instrumentos do diabo para perder as almas".
A exelência inefável da castidade, fina flor dos conventos e das almas consagradas tanto religiosas quanto seculares, estaria profundamente comprometida e os ataques de todos os lados a essa sublime virtude seria motivo da perda de inúmeras vocações.
Quarto significado: a corrupção da inocência infantil…
O quarto motivo, falemos aqui sem rodeios, refere-se aos arquitetos da pretendida ditadura global anticristã e sua mega influência sutil e dominadora. Seu veneno é inoculado da penumbra de sociedades secretas, pelo controle das organizações governamentais corrompidas, associações públicas ou anônimas, pela apoteose das ideologias laicistas/materialistas/globalistas, pelo controle da indústria do entretenimento e artes. Enfim, a cabeça oculta da serpente a quem a Mãe do Verbo denominou apenas como a seita.
"O quarto motivo da lamparina ter-se apagado é que a seita, havendo-se apoderado de todas as classes sociais, possuirá tanta sutileza para introduzir-se nos ambientes domésticos que perderá as crianças e o demônio se gloriará de alimentar com o requintado manjar dos corações dos meninos.
"Nesses tempos infaustos mal se encontrará a inocência infantil. Desta forma perder-se-ão as vocações para o sacerdócio, e será uma verdadeira calamidade.
"Restarão as Comunidades religiosas para sustentar a Igreja e trabalhar com valoroso, desinteressado empenho na salvação das almas. Porque nesse período a observância da Regra resplandecerá nas Comunidades, haverá santos ministros do Altar, almas ocultas e belas, nas quais meu Filho Santíssimo e Eu Nos deleitaremos, considerando as excelentes flores e frutos da santidade heróica. Contra eles a impiedade fará dura guerra, cumulando-os de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento do Ministério. Mas eles, como firmíssimas colunas, permanecerão inabaláveis e enfrentarão a tudo com esse espírito de humildade e sacrifício com que serão revestidos, em virtude dos méritos infinitos de meu Filho Santíssimo, que os ama como as fibras mais delicadas de seu santíssimo e terníssimo Coração.
Está claro que a Mãe do Verbo refere-se a uma impiedosa guerra contra as almas verdadeiramente cristãs, cumulando-as de vitupérios, calúnias e vexações, para impedir-lhes o cumprimento de seu Ministério de salvação das almas.
…A crise no Clero
Os sacerdotes perderão a bússola divina. Nessa desventurada época, os sacerdotes e bispos se descuidariam de seu sagrado dever e perderiam a bússola divina.
"No clero secular haverá, nessa época, muito que desejar, porque os Sacerdotes se descuidarão do seu sagrado dever. Perdendo a bússola divina, desviar-se-ão do caminho traçado por Deus para o ministério sacerdotal e apegar-se-ão ao dinheiro, em cuja obtenção porão demasiado empenho.
"E como esta Igreja padecerá nessa ocasião a noite escura da falta de um Prelado e Pai, que vele com amor paterno, com suavidade, fortaleza, tino e prudência, muitos sacerdotes perderão seu espírito, pondo em grande perigo suas almas.
"Em sua mão será posta a balança do Santuário"
Quanto a essa tragédia no Clero, a Santíssima Virgem roga a Madre Mariana que se sacrifique para os Sacerdotes de nossos dias e peça ao Divino Senhor da Messe que Se compadeça de seus ministros e ponha termo quanto antes a tempos tão nefastos. Fala também de um futuro Prelado que haverá de restabelecer o espírito de seus Sacerdotes.
"Ora com instância, clama sem cansar-te e chora com lágrimas amargas no segredo de teu coração, pedindo a nosso Pai Celeste que, por amor ao Coração Eucarístico de meu Santíssimo Filho, pelo preciosissimo Sangue vertido com tanta generosidade e pelas profundas amarguras e dores de sua acerba Paixão e Morte, Ele Se compadeça de seus Ministros e ponha termo quanto antes a tempos tão nefastos, enviando a esta Igreja o Prelado que deverá restaurar o espírito de seus Sacerdotes.
“A esse filho meu muito querido, amamos meu Filho Santíssimo e Eu com amor de predileção, pois o dotaremos de uma capacidade rara, de humildade de coração, de docilidade às divinas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja e de um coração terno e compassivo, para que, qual outro Cristo, assista o grande e o pequeno, sem desprezar ao mais desafortunado que lhe peça luz e conselho em suas dúvidas e amarguras. E para que, com suavidade divina, guie as almas consagradas ao serviço de Deus nos claustros, sem tornar-lhes pesado o jugo do Senhor, que disse: "Meu jugo é suave e meu peso é leve".
"Em sua mão será posta a balança do Santuário para que tudo se faça com peso e medida e Deus seja glorificado.
"Para evitar que venha logo este Prelado e Pai, concorrerá a tibieza de todas as almas consagradas a Deus, no estado sacerdotal e religioso. Esta, aliás, será a causa de o maldito satanás apoderar-se destas terras, onde ele tudo obterá por meio de gente estrangeira e sem Fé, tão numerosa que, como uma nuvem negra, toldará o límpido céu da então república consagrada ao Sacratíssimo Coração de meu Divino Filho.
"Com essa gente entrarão todos os vícios, que atrairão, por sua vez, toda sorte de castigos, como a peste, a fome, disputas internas e com outras nações e a apostasia, causa da perdição de um considerável número de almas, almas tão caras a Jesus Cristo e a Mim.
Apesar de tantos desatinos, assim como em Fátima, Nossa Senhora de Bom Sucesso deixa acesa a lâmpada da esperança, ao afirmar que quando tudo parecer perdido, de forma maravilhosa, Ela haverá de calcar debaixo dos Seus pés virginais a serpente do mal.
"Para dissipar esta nuvem negra, que impede a Igreja de gozar o claro dia da liberdade, haverá uma guerra formidável e espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e de estrangeiros, de Sacerdotes seculares e regulares e também de religiosas. Esta noite será horrorosíssima, porque, humanamente, o mal parecerá triunfante.
"Será chegada, então, a minha hora em que Eu, de forma maravilhosa, destronarei o soberbo e maldito satanás, calcando-o debaixo dos meus pés e acorrentando-o no abismo infernal. Assim a Igreja e a pátria estarão, por fim, livres de sua cruel tirania".
Quinto e último significado: a indiferença dos ricos diante da Igreja opressa e da virtude perseguida e a apatia do povo
Quanto ao último significado da lâmpada apagada no Santuário, a Mãe do Verbo se dirige aos católicos de nossos tempos que se entregaram às ilusões das riquezas, tornando-se indiferentes ao lutarem pela Fé e pela Igreja. Aliando-se naturalmente ao espírito do mal, contribuem para a instauração de uma indiferença generalizada, perdendo assim suas almas nos vícios e nos inúmeros apelos provocadores da era dita "pós-cristã".
"O quinto motivo porque se apagou a lamparina deve-se a esse desleixo, a essa negligência das pessoas detentoras de grandes riquezas, as quais assistirão com indiferença à Igreja oprimida, à virtude perseguida, a maldade triunfante, sem empregar santamente as riquezas na destruição do mal e na restauração da Fé. E deve-se também a essa indiferença do povo em deixar apagar-se, gradualmente, o Nome de Deus, aderindo ao espírito do mal, entregando-se, livremente, aos vícios e paixões.
"Ai, minha dileta! Se te fosse dado viver nessa tenebrosa era, morrerias de dor ao ver realizado tudo o que aqui te revelei. Tal é o amor de meu Filho Santíssimo e meu a estas terras, herança nossa, que queremos desde já a aplicação de teus sacrifícios e orações para encurtar a duração de catástrofe tão terrível".
Como vemos, as profecias alertam para uma época de grande escuridão moral-espiritual que afetaria de forma microcósmica o Mosteiro de Quito, suas futuras religiosas e ao clero local, as lutas revolucionárias que viriam e outros desatinos. Mas que, no entanto, essa obscuridade se operaria, sobretudo como consequência da crise macrocósmica que hoje vivemos com assombro e desolação.
Conclusão
Madre Mariana de Jesus Torres, abadessa concepcionista a quem a Santíssima Virgem confiou revelações para nossos tempos. Em outro colóquio com Sua filha escolhida, a Santíssima Virgem ainda vaticina.
"Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade aqueles que deveriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja para fazer o que estes quiserem.
"Mas ai do erro do sábio, o que governa a Igreja, do Pastor do redil que meu Filho Santíssimo confiou a seus cuidados!”
"Mas quando aparecerem triunfantes e quando a autoridade abusar do seu poder, cometendo injustiças e oprimindo os débeis, próxima está sua ruína. Cairão por terra, estatelados”.
"E alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja e adormecerá brandamente, embalada em mãos de hábil coração maternal do meu filho eleito muito querido daqueles tempos, ao qual, se dócil prestar ouvido às inspirações da graça — sendo uma delas a leitura das grandes misericórdias que meu Filho Santíssimo e Eu temos usado contigo —, enchê-lo-emos de graças e dons muito particulares, fá-lo-emos grande na terra e muito maior no Céu, onde lhe temos reservado um assento muito precioso, porque, sem temor dos homens, combateu pela verdade e defendeu impertérrito os direitos de sua Igreja, pelo que bem o poderão chamar mártir".
Assim, a Mãe do Verbo e da Igreja convida-nos a voltar nossos olhares acima desses trágicos horizontes de nosso século, porque, assim como em Fátima, há trezentos anos atrás no Mosteiro Concepcionista de Quito, Nossa Senhora do Bom Sucesso também já atencipava o triunfo de Seu Imaculado Coração.
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fonte: http://www.perfeitadevocao.org/TerceiroSegredo-.php?id=102
Obra citada e recomendada:
Vida Admirável de Madre Mariana de Jesus Torres. Pe. Padre Manuel de Sousa Pereira. Editora Petrus.
Onde adquirir: http://www.livrariapetrus.com.br/produtos.asp?produto=869
Veja também: 17.- MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA EM QUITO, EQUADOR, 1594
O Terceiro Segredo profetizado 300 anos antes
Mensagens de Maria Santíssima e o último embate entre Igreja x anti-Igreja
http://www.mensagensdemaria.org/VerNaEscolaDeMaria.php?codigo_artigo=217