A Missa
Autor: Francisco Dockhorn – Reino da Virgem Mãe de Deus
http://www.reinodavirgem.com.br/liturgia/banquete-cordeiro.html
“De todas as coisas católicas, não há nada tão familiar quanto a missa. Com suas orações, seus hinos e seus gestos sempiternos, a missa é como um lar para nós. Contudo, em sua maioria, os católicos passam a vida sem ver além da superfície de preces memorizadas. Pouco vislumbra o forte drama sobrenatural de que participam todo domingo. O Papa João Paulo II chamou a missa de “céu na terra” e explicou que a “a liturgia que celebramos na terra é misteriosa participação na liturgia celeste”.”
É com essas palavras impactantes que Scott Hahn introduz o seu fabuloso livro “O Banquete do Cordeiro – a Missa segundo um convertido”.
“A Missa segundo um convertido”? Sim, Scott é um ex-protestante calvinista, estudioso do Apocalipse, do Apóstolo São João. Tendo ido a Santa Missa como um curioso (como ele mesmo testemunha no livro), enxergou no esplendor do Rito da Missa o que relata o Apocalipse. Palavras dele:
“Ora, onde na terra encontramos uma Igreja universal que adora de uma forma fiel à visão de João? Onde encontramos sacerdotes paramentados de pé diante de um altar? Onde encontramos homens consagrados ao celibato? Onde ouvimos os anjos serem invocados? Onde encontramos uma Igreja que guarda as relíquias dos santos dentro dos altares? Onde a arte exalta a mulher coroada de estrelas, com a lua debaixo dos pés, que esmaga a cabeça da serpente? Onde os fiéis suplicam a proteção do arcanjo são Miguel? Onde mais, a não ser na Igreja Católica, e mais especificamente, na Missa?”
O livro é encantador, profundo, totalmente MÍSTICO e ESPIRITUAL; e nele, o autor monta um paralelo entre o Santo Sacrifício da Missa e o livro do Apocalipse, amparado na doutrina segura dos Santos Padres e no próprio Sagrado Magistério da Igreja. Ele escreve:
“…talvez você responda que sua experiência semanal da missa é qualquer coisa, menos celestial. De fato, é uma hora desconfortável interrompida por choro de bebês, cantos monótonos entoados de forma dissonante, divagações, homilias sem pés nem cabeça e vizinhos vestidos como se fossem a um jogo de futebol, à praia ou a um piquenique. Mesmo assim, insisto qeu vamos realmene ao céu quando vamos à missa. (…) Trata-se de algo que é objetivamente verdade, algo tão real quanto o coração que bate dentro de você. A Missa – e quero dizer toda missa – é o céu na terra. (…) Muitos de nós queremos “obter mais” da missa. Bem, não podemos obter mais que o próprio céu.”
É um livro que pode mudar, para sempre, a nossa maneira de viver o Santo Sacrifício da Missa!
Como, de fato, mudou a deste indigno adorador do Santíssimo Corpo de Deus, que escreve esta matéria…
A obra foi escrita em 1999, e editado no Brasil em 2002 pelas Edições Loyola. Pode ser adquirido nas livrarias católicas, ou em:
https://www.livrarialoyola.com.br/detalhes.asp?secao=livros&CodId=1&ProductId=95116&Menu=1
por São Tomás de Aquino (1225-1274)
Teólogo dominicano, Doutor da Igreja
Orações
«Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem» (Sequência da festa)
Deus todo-poderoso e eterno, eis que me aproximo do sacramento do Teu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo. Doente, venho ao médico de Quem a minha vida depende; manchado, à origem da misericórdia; cego, ao fogo da luz eterna; pobre e desprovido de tudo, ao Senhor do céu e da terra.
Imploro, pois, a Tua generosidade imensa e inesgotável a fim de que Te dignes curar as minhas enfermidades, lavar as minhas manchas, iluminar a minha cegueira, compensar a minha indigência, cobrir a minha nudez; e que assim possa receber o pão dos anjos (Sl 77, 25), o Reis dos reis, o Senhor dos senhores (1Tim 6, 15), com todo o respeito e humildade, toda a contrição e devoção, toda a pureza e fé, toda a determinação de propósitos e a rectidão de intenção que a salvação da minha alma exige.
Permite, peço-Te, que não receba simplesmente o sacramento do Corpo e Sangue do Senhor, mas toda a força e eficácia do sacramento. Deus cheio de doçura, permite-me receber de tal maneira o Corpo do Teu Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo, este corpo material que Ele recebeu da Virgem Maria, que mereça ser incorporado no Seu Corpo místico e fazer parte dos seus membros.
Pai cheio de amor, permite que eu possa um dia contemplar de rosto descoberto e por toda a eternidade este Filho bem amado que me preparo para receber agora sob o véu que convém à minha condição de viajante. Ele que, sendo Deus, vive e reina Contigo na unidade do Espírito Santo pelos séculos e séculos. Amen.
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Na homilia dominical o Padre Paulo Ricardo fala sobre o Evangelho de São Mateus 16, 13-19.
Aonde ele faz uma comparação com a cituação da Igreja atualmente.
"A santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo que, sob as espécies do pão e do vinho, se oferece por mãos do sacerdote a Deus sobre o altar, memória e renovação do sacrifício da Cruz."
(Catecismo de São Pio X)
O que é a Eucaristia?
É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.
Quando Cristo instituiu a Eucaristia? Instituiu-a na Quinta-feira Santa, "na noite em que ia ser entregue" (1Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia.
ÚNICO E MESMO SACRIFÍCIO, NO CALVÁRIO E NO ALTAR
A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, oferecido em nossos altares, em memória do Sacrifício da Cruz. O Santo sacrifício da Missa é oferecido para adorar e glorificar a Deus, para obter o perdão dos pecados, para pedir graças e favores pessoais e também pelas almas do Purgatório. É o Sacrifício da Nova Lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual são oferecidos a Deus o Corpo e o Sangue de Jesus, sob as aparências do pão e do vinho.
É uma prolongação perene e incruenta (sem derramamento de sangue) do mesmo Sacrifício do Calvário. Ambos os sacrifícios, o da Cruz no Calvário, e o da Missa em nossos altares, constituem um único e idêntico sacrifício, pois que a Vítima e o Oferente destes sacrifícios é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. O Sacerdote, como "Mediador entre Deus e os Homens" (1 Tim. 2, 5) oferece o Santo Sacrifício da Missa em nome de Jesus Cristo e da sua Igreja, pela salvação do mundo.
A Paixão de Cristo constitui a essência mesma do Santo Sacrifício da Missa. Por isso, afirmou o Apóstolo São Paulo: "Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Vinho, relembrarei a morte do Senhor, até que Ele venha". (I Cor, 11,26).
A PRIMEIRA SANTA MISSA
As cerimônias, palavras e gestos da Consagração constituem a parte mais importante da Santa Missa. Ora, essas palavras e gestos verificaram-se pela primeira vez, naquela memorável noite da primeira de todas as Quintas-feiras Santas, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, no Cenáculo de Jerusalém, celebrou a Sagrada Ceia Pascal com os Seus discípulos. A Sagrada Ceia foi, pois, a primeira Santa Missa, celebrada por Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.
A LITURGIA DA SANTA MISSA
O Santo Sacrifício da Missa é a perpetuação do Drama divino do Calvário. Jesus Cristo, Deus e Homem, padeceu e morreu por minha causa, pela minha salvação. O drama redentor do Calvário é pois, o meu drama. Neste drama se distinguem seis atos principais, nos quais procurarei tomar parte, associando-me ao Sacerdote celebrante que realiza o Santo Sacrifício em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo Sacerdote:
1.º) Rezar. (Desde o início da Missa até a Epístola). __ É a voz do homem que fala a Deus.
2.º) Escutar. (Desde a Epístola até o fim do Evangelho). __ É a voz de Deus que fala ao homem.
3.º) Oferecer. (No Ofertório, o Sacerdote oferece, a Deus, a Hóstia que vai ser consagrada). __ Oferecer-me-ei também a Deus Pai, em união com Jesus Cristo, a Vítima divina do altar.
4.º) Sacrificar. (O Sacerdote, consagrando o Pão e o Vinho separadamente, significa a efusão do Sangue sofrida por Jesus na sua Paixão e Morte redentora). __ Aceitarei resignadamente os sofrimentos e sacrifícios de cada dia, unindo-o ao sacrifício de Jesus, na Santa Missa.
5.º) Comungar. (A Comunhão é o complemento natural da Consagração, do sacrifício. A Vítima divina da Nova Lei, depois de imolada, deve ser comungada). __ Pela Santa Comunhão, a participação do fiel ao Santo Sacrifício da Missa se realiza plenamente.
6.º) Agradecer. Depois da Comunhão e já ao final do Sacrifício, o Sacerdote reza a oração chamada Pós-comunhão, agradecendo a Deus os benefícios recebidos no Santo Sacrifício da Missa.
Finalidades da Santa Missa:
1) Adorar e cultuar a Deus, nosso Criador e Pai (sacrifício latréutico).
2) Aplacar a sua justiça e obter misericórdia (sacrifício propiciatório).
3) Dar-Lhe graças pelos benefícios recebidos (sacrifício eucarístico).
4) Pedir-lhe favores e graças (sacrifício impetratório).
OBRIGAÇÃO DE ASSISTIR A SANTA MISSA
Apesar de ser uma realidade tão sublime e tão santa, benéfica e necessária, não poucos católicos parecem desconhecer a divina excelência do Santo Sacrifício da Missa. Muitos se negariam mesmo a assisti-la. Eis porque a Santa Igreja Mãe, solicita das nossas almas, nos impõe a todos a assistência à Santa Missa, aos domingos e dias santos. Eis porque ele nos ordena: "Guardar os domingos e festas"; "ouvir a Missa inteira nos domingos e festas de guarda".
Todos os Santos Padres, que escreveram sobre o Santíssimo Sacramento, vêem nele o sacrifício do Novo Testamento. É fora de dúvida que Cristo, instituindo o Santíssimo Sacramento entre as cerimônias da última ceia, instituiu a santa Missa. Aviva tua fé na santa Missa e assiste ao santo sacrifício com o maior respeito e com muita piedade. O cristão reserva uma hora para a celebração eucarística, como núcleo do Domingo e este valor é fixado no terceiro Mandamento da Lei de Deus. Uma hora por semana não é muito para quem acredita que sua vida e felicidade pro fluem das mãos do Senhor. O fato de existir uma obrigação dominical não significa, em si, que não se vá à missa com e por amor. O preceito é, muitas vezes, garantia contra o próprio relaxamento e descuido. Muitos santos manifestaram-se sabiamente sobre a Santa Missa, como veremos a seguir:
"Na hora da morte, as Missas, às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, pois, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Será ratificada no céu a bênção, que do sacerdote receberes na Santa Missa. Assistindo-a com devoção, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo"
Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível. Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte, pois pela Missa participas da Paixão, morte e Ressurreição de Cristo."
Santo Agostinho
Cada Missa à que assistires, alcançar-te-á no céu maior grau de glória. Será abençoado em teus negócios pessoais e obterás as graças que te são necessárias. Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário."
São Jerônimo
"Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo com uma devoção e amor acima do entendimento dos anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade"
Santa Matildes
"Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa"
São Lourenço
"O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor".
São Tomás de Aquino
"Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por ter-nos deixado este meio infalível de atrair sobre nós as ondas da Divina Misericórdia”
São João Batista Vianney – o Cura D’Ars
"A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade; vale mais que o céu e a terra; vale o próprio Deus"
Ven. Martinho de Cochem
"Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa e tão misericordiosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta, para quem, podendo a assistir a uma missa, não o faz"
São Francisco de Assis
"Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em ouvir devotamente uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.
Toda Santa Missa diminui teu purgatório."
(São Bernardo)
"A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz."
(São Boaventura)
"A Missa é o sol da Igreja."
(São Francisco de Sales)
"Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de Anjos formando a corte real de Jesus, em volta do tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos."
(São João Crisóstomo)
Sta. Matilde derrama em fervor sua alma de fogo: “Ó bom Deus, eu queria, que a cada momento, e sem cessar, milhares de coros de anjos te louvassem e adorassem…
Queria ter tantos corações quantas estrelas há no céu, quantos folhas há nas árvores, quantas gotas d’água há nos mares do mundo, a fim de amar-te sem cessar…”
Apareceu-lhe Jesus dizendo: “Toda essa honra podes preparar-me, e mais ainda do que desejas”.
Um momento de “suspense”. “Como?” E com olhos ardentes aguarda a resposta.
Jesus responde: “É só assistir à Santa Missa.” E de braços abertos sobre o altar, Jesus faz correr seu sangue de todas as chagas: “Eis as chagas que reconciliam a justiça do Pai. Todas as graças que a alma perdeu por descuido ou relaxamento, poderá recuperá-las plenamente, aproximando-se do Sto. Sacrifício do Altar, que contém a plenitude das graças”.
"Se os homens conhecessem o valor da Santa Missa, a Polícia tería que estar sempre às portas das Igrejas para manter a ordem por causa da grande quantidade de pessoas que a assitiriam." (São Pe.Pio)
Eucaristia no Catecismo da Igreja
1407 – A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.
1409 – A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.
1410 – É Cristo mesmo, sumo sacerdote eterno da nova aliança, que, agindo pelo ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é também o mesmo Cristo, realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício Eucarístico.
1411 – Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor.
1412 – Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a última Ceia: `Isto é o meu Corpo entregue por vós. (…) Este é o cálice do meu Sangue (…) `
1413 – Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc. Trento, DS 1640).
1414 – Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.
1391 – A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz:
`Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele` (Jo 6,56). Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim` (Jo 6,57):
1393 – A comunhão separa-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é `entregue por nós`, e o Sangue que bebemos é `derramado por muitos para remissão dos pecados`. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros:
`Toda vez que o recebemos , anunciamos a morte do Senhor` (1Cor 11,26).
`Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, toda vez que o Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados, devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que sempre peco, devo ter sempre um remédio.` (S. Ambrósio, Sacr. 4,28 )
1396 – Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A Comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo batismo. No batismo fomos chamados a construir um só corpo (1Cor 12,13).
Perguntaram-lhe certa vez: “O que é a Santa Missa? Respondeu São Padre Pio : é Jesus no Calvário, com Maria nossa Mãe a seu lado e João aos pés da Cruz, e os anjos em adoração. Choremos de amor e adoração nesta contemplação”. :
Celebrava com certa dificuldade devido aos estigmas, mas fazia-o com tanto amor que a todos os presentes fazia sentir o céu, celebrações que chegavam a durar até duas horas de duração. “O mundo pode existir sem o sol, mas nunca sem o Sacrifício da Missa”, dizia São Padre Pio.
Grande Confessor, que chegava a atender os pecadores e a conferir-lhes a misericórdia de Deus, por ás vezes 14 horas por dia. Ao longo de seu Ministério mais de 1.200.000 pessoas foram absolvidas.
Foi Consolador de Jesus Eucarístico, e toda sua vida foi ser um “humilde instrumento na mão de Jesus”.
Escreveu em seu Epitolário Primeiro (282) ” Ouça,caro padre os lamentos de nosso Dulcíssimo Jesus: deixam-me sozinhos de noite, sozinho de dia nas igrejas. Não cuidam mais do Sacramento do Alar, nunca se fala deste Sacramento de Amor, e mesmo os que falam, infelizmente, com que indiferença, com que frieza!
(283)”O meu Coração, diz Jesus, está esquecido. Já ninguém se preocupa com o meu amor. Estou sempre triste…deveriam Consolar meu Coração cheio de amargura…”Diz São Padre Pio: “Como me faz mal ver Jesus chorar”…
(284) “…me apareceu Jesus, totalmente maltratado e desfigurado…ver Jesus angustiado causa-me grande sofrimento”…vêm dizer-lhe Jesus:
“Meu filho, não creias que a minha agonia tenha sido de três horas, não. Por causas das almas por mim mais beneficiadas, estarei em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia meu filho, não convém dormir. Minha alma vai a procura de algumas gotas de piedade humana; mas aí de mim! Deixam-me sozinho sob o peso da indiferença”
Vai acrescentar ao final São Padre Pio:
” Infelizmente Jesus tem razão de se queixar de nossa ingratidão”…
Fonte: Blog Eu acredito na Familia
Uma recordação da primeira Missa, escrita pelo próprio Padre Pio:
“Jesus, meu suspiro e minha vida,
hoje que tremendo te elevo
em um mistério de amor,
contigo eu seja caminho para o mundo,
verdadeira vida e sacerdote santo para Ti, vítima perfeita”.
Havia na Missa celebrada por Padre Pio, qualquer coisa de particular, deveria ser o centro da força que atraía a San Giovani Rotondo. Dizia e repetia muitas vezes; significa que certos aspectos da Missa do padre “colheram” todos de maneira definitiva.
“Fazei isto em memória de mim”.
É bem claro que quando se fala da Missa de Padre Pio, não se menciona o essencial do sacrifício eucarístico, igual em todas as Missas celebradas por qualquer sacerdote. Poderá se elevar rápida ou lentamente; poderá haver a impressão de menor devoção; as pessoas iam com muito gosto, tendo a impressão de que era celebrada uma melhor que a outra. Muitos sacerdotes haviam recebido esta recomendação: “Celebra a sua Missa como se fosse a última”; outras vezes disse: “Veja como um sacerdote celebra a Missa e saberá como ele é”.
Podemos notar observações superficiais, mas na realidade continham muita verdade, com profundidade. A essência da Missa é sempre a mesma porque o sacerdote principal é Cristo; mas também o sacerdote coloca algo de si, às vezes, até muito de si. Assim como quem assiste; são tantas as maneiras de participar do Divino Sacrifício. Pode-se dizer: “Estive na Missa”; há quem participe com todo o seu empenho, que se oferece em união á Vítima Divina.
A Missa celebrada ou ouvida pode ser o espelho do nosso relacionamento com Jesus, do amor por ele, da consciência que temos, da intimidade alcançada, da dedicação á qual nos empenhamos.
Na celebração padre Pio se coloca a experimentar tudo: seu amor a Deus Crucificado, ao Deus amor, ao Deus Vítima pelos pecadores, ao Deus Salvador, ao Deus que se deu para que participássemos de Sua obra de redenção.
Deveríamos pensar em toda a vida de Padre Pio.
As suas longas meditações, quase ininterruptas, da Paixão de Cristo, acompanhadas de muitas lágrimas; seu horror pelo pecado, seu amor por Jesus, a oferta de doar-se como vítima pelos pecadores, pelas almas do purgatório, pela Igreja e pelo mundo. E deveríamos fazer presente com o Senhor, que havia se associado àquele Seu ministro na obra de redenção: a luta contra Satanás, as trevas da fé, a progressiva participação na Paixão, culminante nos estigmas visíveis.
Não causaria espanto se a celebração da Missa de Padre Pio parecesse um verdadeiro e próprio reviver da Paixão de Cristo. Quando saía do altar, com aquela sua pisada dolorida, parecia mesmo sair de seu Calvário. As palavras que pronunciava eram litúrgicas; e as pessoas respondiam em coro, algo muito raro atualmente. Também se percebia um esforço dos que estavam presente de participarem no que pudessem.
Todos os olhos ficavam fixos naquele rosto que de vez em quando se contraía com visível sofrimento, entretanto, também eram notáveis os esforços do padre para não deixar transparecer; as lágrimas que lhe ofuscavam a visão e que ele enxugava com um lenço passado pelas mãos com algumas voltas, fingindo enxugar o suor; aquele ato de bater no peito na meã culpa, no Agnus Dei com grande convicção, que não se entendia como podia doar-se tanto, dando a impressão de que não teria forças para levantar-se. E as longas pausas, com os olhos fixos e carregados de lágrimas, quando parecia que não iria continuar.
A Missa do Padre Pio foi assim definida: “Um verdadeiro espetáculo sobrenatural”. Certamente era assim composta, pois não havia nada de teatral.
Mas por que então as pessoas vinham de todos os cantos do mundo? Era um local descômodo num horário fora do habitual, para assistir aquela Missa que não terminava mais, quando findava, desejava que se prolongasse para sempre?
Não resta dúvida de que o Santo Padre Pio revivia a Paixão de Jesus.
Sabemos de santos e santas, também estigmatizados, que na sexta-feira da Semana Santa reviviam a Paixão; Como Santa Verônica Guiliani, Santa Gemma Galgani, Teresa Newman, a venerável Alexandria Maria da Costa… Mas nenhum deles a viveu na Missa.
O Santo Padre Pio é, até hoje, o único sacerdote estigmatizado. E este reviver da Paixão de sacerdote durante a Missa, supõe-se que houvesse um propósito específico para que os fiéis fossem, inconscientemente, conduzidos.
Não era um mistério particular a Missa do Santo Padre Pio; o verdadeiro mistério, que compreendemos muito pouco, é a própria Santa Missa! É um Sacrifício, é a memória dolorosa da Cruz, a imolação de Jesus que se oferece ao Pai como vítima por nós e que se dá a nós como sinal de vida eterna.
As pessoas, vendo o Santo Padre Pio celebrar, se esforçavam em tentar compreender o verdadeiro significado da Missa. Tantos sacerdotes e fiéis diziam que entenderam a Missa somente após tê-la assistido e celebrada por Padre Pio.
Perguntado sobre o entender a Santa Missa, respondeu:
“Filho meu, como posso entendê-la? A Missa é infinita como Jesus…” E acrescentou: “O mundo pode até estar só, mas não pode ficar sem a Santa Missa”. Pois, aquilo que se entendesse na alma durante a Santa Missa é tudo, e somente, obra do Espírito Santo.
Pessoas que vinham por curiosidade, choravam como crianças, homens que não acreditavam e, diante aquele Sacrifício Salvífico, sentiam suas dúvidas desaparecerem; tantos resistentes que se perdoavam e perdoavam os outros, resistentes a mudar de vida e que durante aquela Missa amadureciam em uma decisão radical de conversão. Muitas jovens e rapazes que durante aquele Sacrifício viram sucumbir todas as suas indecisões, doando-se a Deus completamente, na vida sacerdotal ou religiosa.
Um bispo disse com muita convicção: “Para saber quem é Padre Pio, não precisa de nada; basta assistir à sua Santa Missa”.
Cada Missa era uma agonia. Mas era uma chuva de graças, freqüentemente extraordinárias. Não era preciso explicação: dava para ver que aquilo era um Sacrifício; o Sacrifício de Jesus unia-se ao sacrifício do celebrante, que por sua vez, esforçava-se para unir-se aos presentes.
Em uma ocasião lhe perguntaram se a Santíssima Virgem Maria estava presente durante a Santa Missa, ao qual ele respondeu:
“Sim, ela se coloca ao lado, mas eu a posso ver, que alegria. Ela está sempre presente. Como poderia ser que a Mãe de Jesus, presente no Calvário ao pé da cruz, que ofereceu a seu filho como vítima pela salvação de nossas almas, não esteja presente no calvário místico do altar?”
A Missa de Padre Pio trouxe somente benefícios: principalmente aos fiéis que com tanta facilidade deixam a Missa ou ouvem-na distraidamente; útil aos sacerdotes que algumas vezes a terminam com tanta pressa.
E continua o Mistério, o que é o Santo Sacrifício da Missa?
No apostolado da alegria.
O padre Pio era um homem muito duro contra todo tipo de pecado, mas terno, jovial e amante da vida. Era um conversador brilhante, com a astúcia para manter suspenso a seus ouvintes.
artigo retirado do site COT – Igreja Online
“Padre Pio era o modelo de cada padre… Não se podia assistir “à sua Missa”, sem que nos tornássemos, quase sem perceber, “participantes” desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa.
Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: “Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós”.(27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.
Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste “mar de lama” do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente.
O Ofertório: É a prisão, chegou a hora…
O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta “Hora”.
Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!…) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no “Memento”, olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.
A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.
Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração.
“Por Cristo com Cristo e em Cristo” corresponde ao grito de Jesus: “Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!” Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: “Pai Nosso…”.
A fração da hóstia indica a Morte de Jesus…
A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte…), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno… Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho… o que eu fazia cada dia… E com que alegria! Pe Jean Derobert.
Palavras do padre Pio
Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: “Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!… O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar… – Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo sem chorar…”. Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em “Padre Pio, Transparent de Dieu”, J.Derobert.
Confidências a seus filhos espirituais
“Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo”, disse ele chorando.
“Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha”.
“Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?”. “A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?”. – Da consagração à comunhão.” “Durante o ofertório?. – É neste momento que a alma é separada das coisas profanas.” “A consagração?”. – É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação.” “A Comunhão? Na comunhão, sofreis a morte? – Misticamente, sim. – Por veemência de amor ou de dor? – Por uma e outra: mas mais por amor.” “Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?”. – Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana. – E como podeis trabalhar com tanta dor? – Encontro o meu repouso sobre a cruz.” “Como nós devemos ouvir a Santa Missa?”. – Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz “”. Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972.
Fonte: COT – http://www.cot.org.br/igreja