A Santa Missa
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Perguntaram-lhe certa vez: “O que é a Santa Missa? Respondeu São Padre Pio : é Jesus no Calvário, com Maria nossa Mãe a seu lado e João aos pés da Cruz, e os anjos em adoração. Choremos de amor e adoração nesta contemplação”. :
Celebrava com certa dificuldade devido aos estigmas, mas fazia-o com tanto amor que a todos os presentes fazia sentir o céu, celebrações que chegavam a durar até duas horas de duração. “O mundo pode existir sem o sol, mas nunca sem o Sacrifício da Missa”, dizia São Padre Pio.
Grande Confessor, que chegava a atender os pecadores e a conferir-lhes a misericórdia de Deus, por ás vezes 14 horas por dia. Ao longo de seu Ministério mais de 1.200.000 pessoas foram absolvidas.
Foi Consolador de Jesus Eucarístico, e toda sua vida foi ser um “humilde instrumento na mão de Jesus”.
Escreveu em seu Epitolário Primeiro (282) ” Ouça,caro padre os lamentos de nosso Dulcíssimo Jesus: deixam-me sozinhos de noite, sozinho de dia nas igrejas. Não cuidam mais do Sacramento do Alar, nunca se fala deste Sacramento de Amor, e mesmo os que falam, infelizmente, com que indiferença, com que frieza!
(283)”O meu Coração, diz Jesus, está esquecido. Já ninguém se preocupa com o meu amor. Estou sempre triste…deveriam Consolar meu Coração cheio de amargura…”Diz São Padre Pio: “Como me faz mal ver Jesus chorar”…
(284) “…me apareceu Jesus, totalmente maltratado e desfigurado…ver Jesus angustiado causa-me grande sofrimento”…vêm dizer-lhe Jesus:
“Meu filho, não creias que a minha agonia tenha sido de três horas, não. Por causas das almas por mim mais beneficiadas, estarei em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia meu filho, não convém dormir. Minha alma vai a procura de algumas gotas de piedade humana; mas aí de mim! Deixam-me sozinho sob o peso da indiferença”
Vai acrescentar ao final São Padre Pio:
” Infelizmente Jesus tem razão de se queixar de nossa ingratidão”…
Fonte: Blog Eu acredito na Familia
Quero falar ao seu coração através de uma passagem do Apocalipse e lembrá-lo que Jesus é vitorioso, é o Senhor!
Ele vai trazer o manto embebido em sangue. Que Sangue é esse? É o sangue da sua Paixão, é o sangue das chagas de suas mãos, dos seus pés, do seu coração. É o sangue derramado no Horto das Oliveiras, que nós tomamos sobre o altar; é o Sangue do momento da elevação. Quando eu ergo o Corpo de Deus no altar, o cálice do seu Sangue, esse Sangue corre pelos meus braços, chegando e banhando vocês no momento da Consagração no sacrifício da Santa Missa.
Eu tive uma experiência muito profunda em uma das Santas Missas que celebrei em meu retiro quaresmal que gostaria de compartilhar com vocês. Ao todo celebrei setenta e oito Missas, e em uma delas, numa Passio Domine (celebração onde se revive as últimas horas da Paixão do Senhor realizada todas as quintas e sextas-feiras) de uma quinta-feira, eu ergui bem alto o cálice do Sangue de Jesus, até onde meus braços podiam chegar. Eu chorava, as lágrimas escorriam dos meus olhos, eu segurava meus braços, e chorava.
Aquela Quinta-feira tinha sido um dia de muito cansaço para mim, de muita luta espiritual, de muitas coisas pelas quais a gente passa em um retiro, mas ali, graças a Deus, eu fui fiel, eu fiquei com o cálice bem erguido…. aquele silêncio…. e a visão que me foi dada foi linda: o Sangue escorria pelos meus braços, descia e chegava até a vocês.
Passava por debaixo das portas, entrava, e conforme o sangue de Jesus invadia tantas casas, penetrava também no coração de pessoas pelas quais eu rezava.
Naquele momento, o Sangue de Jesus ia entrando e as serpentes iam saindo. Conforme o Sangue de Jesus entrava, as serpentes saíam. Saíam das casas, saíam das almas, dos corações, saíam das mentes, e eu, ali, chorava e as lágrimas quentes iam descendo pelo meu rosto, enquanto eu adorava o Sangue de Jesus.
Diante de tudo isso, o terror dos infernos! O demônio me dizia: “Abaixa este Cálice, abaixa esta coisa, abaixa isso, desce esse Cálice. Não! Não faça isso! Desce esse Cálice! Não erga mais, abaixa esse Cálice, desce esse Cálice!”
E, quanto mais eu chorava mais meus braços pesavam, mais eu erguia, erguia, e adorava o Sangue do Senhor, e o Sangue de Jesus ia entrando na vida de todos ali presentes, salvando-os, mas, não só eles, e sim todas as pessoas que naquele momento vinham ao meu coração. Eu via almas de pessoas que haviam se suicidado, se perdendo, e o Sangue do Senhor entrando e salvando, resgatando, retirando-as do mais profundo dos abismos e trazendo-as ali bem perto do altar, para serem lavadas, santificadas e purificadas.
Quando ajoelhado no momento em que eu ia beber o Preciosíssimo Sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo, fiz o sinal da cruz com o Cálice em direção aos meus lábios e eu vi a gota do sangue entrando, eu vi até o coração com aqueles dois tubos, e o Sangue entrava diretamente por eles e o meu peito queimava, e o Senhor falava: “Aperta o cálice, aperta, segura firme, fica com ele assim, segura”.
Dessa Missa em diante, aprendi a segurar o cálice com as duas mãos e espremê-lo, significando: “Cai, cai, Sangue de Cristo, no meu coração, entra, entra. Cai, Sangue de Cristo, não só no meu coração, mas na Igreja, o Sangue da Paixão de Jesus.
Vocês que bebem do Sangue de Jesus Cristo, no sacrifício da Santa Missa, terão os lábios tingidos pelo Sangue de Cristo.
Cristãos, atentem para o que eu digo agora:
“O Sangue de Cristo cai dentro do seu coração, diretamente do seu coração”. Ele entra e vai diretamente ao seu coração, é nele que o Sangue de Jesus cai quando você o recebe, dentro do seu coração. Guardem bem: O seu coração é um cálice, é ele que recebe o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sua alma vive e bebe do seu coração com Jesus Cristo.
A sua alma cristã, a sua alma que quer viver a Paixão de Cristo, ela tem um cálice, um sacrário do Sangue de Cristo, dentro do seu coração, dentro da sua alma, para que você possa viver, nutrir-se vencer as dificuldades, vencer as provações. Para que você possa dizer: “Jesus, Tu és o meu Senhor! Tu és o meu Senhor, eu não vou voltar atrás, eu não vou viver a minha nudez, eu não vou ser como Pedro e seguir-te de longe, ao contrário, eu vou ficar com o Senhor! Ficar, e ficar até o fim, Senhor. Que a gota do teu Sangue caia diretamente no meu coração e me guarde”.
Essa experiência faz parte também do momento da Santa Missa. O padre faz uso de gestos mais profundos quando da Santa Missa. Gestos que enobrecem e forma a identidade sacerdotal de cada um. Como os Padres tem de ter a sua identidade sacerdotal, toda pessoa também tem de guardar a sua identidade, que deve ser formada pelo Sangue de Cristo. Guardem isto: nós temos que ser formados pelo Sangue de Cristo! Não pela faculdade, não pela filosofia, nem pela teologia. É o Sangue de Cristo que forma os seus Sacerdotes, os seus Consagrados e Consagradas.
São Cirilo, o grande Bispo de Jerusalém, já no século II, dizia: “Ao tomares o Sangue de Cristo primeiro santifica com seus olhos, toca com seus lábios e, depois que você tomou, toca com o dedo em seus lábios e faça o sinal da cruz na sua fronte, nos lábios e no coração”. Muito lindo isso que São Cirilo disse. Ele é o grande homem das catequeses mistagógicas, o que significa que ele pregava o Mistério de Cristo e que não era um pregador de catequese comum, pois ele era estudioso da Mistagogia, ou seja, pregava o Mistério contido no Mistério. Ele ensinava a tomar o Sangue de Cristo: “Quando ele chegar em seus lábios beba e não se deixa enganar pelos sentidos, ou seja, tem gosto e cheiro de vinho mas não é mais vinho, é o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não deixe se enganar pelos sentidos, acabaram-se os sentidos, ent]ao toma, aperte em seu peito, faça profunda ação de graças e depois toque com o dedo em seus lábios e faça o sinal da cruz, na sua fronte, nos seus lábios e no coração, e santifica os seus sentidos, santifica a sua vida pelo Sangue de Cristo que você recebeu”.
Fico muito feliz, mas choro. Foram muitas lágrimas derramadas naqueles quarenta dias, não só de alegria, mas de dor, de sacrifício, porque é assim o caminho de Jesus, não tem outro caminho, não adianta. Ou você quer ficar nú e fugir? Então vá! Ou você quer seguir Jesus de longe, como Pedro? Então siga!
Eu me alegro porque, pela graça de Deus em meus retiros, eu de repente me deparo, ao ler um livro ou uma instrução, que muitos Santos Padres confirmam aquilo que eu vivi. Isso me deixa muito feliz pois não é algo que eu criei. É uma experiência pessoal minha também! Ela é muito especial para quem a recebe e eu tenho que passá-la a vocês.
Trechos do Livro: Adoremos a Paixão de Nosso Grande Deus e Senhor Jesus Cristo, Nossa Salvação, Pe Roberto Lettieri, Toca de Assis, editora Palavra e Prece.
Uma recordação da primeira Missa, escrita pelo próprio Padre Pio:
“Jesus, meu suspiro e minha vida,
hoje que tremendo te elevo
em um mistério de amor,
contigo eu seja caminho para o mundo,
verdadeira vida e sacerdote santo para Ti, vítima perfeita”.
Havia na Missa celebrada por Padre Pio, qualquer coisa de particular, deveria ser o centro da força que atraía a San Giovani Rotondo. Dizia e repetia muitas vezes; significa que certos aspectos da Missa do padre “colheram” todos de maneira definitiva.
“Fazei isto em memória de mim”.
É bem claro que quando se fala da Missa de Padre Pio, não se menciona o essencial do sacrifício eucarístico, igual em todas as Missas celebradas por qualquer sacerdote. Poderá se elevar rápida ou lentamente; poderá haver a impressão de menor devoção; as pessoas iam com muito gosto, tendo a impressão de que era celebrada uma melhor que a outra. Muitos sacerdotes haviam recebido esta recomendação: “Celebra a sua Missa como se fosse a última”; outras vezes disse: “Veja como um sacerdote celebra a Missa e saberá como ele é”.
Podemos notar observações superficiais, mas na realidade continham muita verdade, com profundidade. A essência da Missa é sempre a mesma porque o sacerdote principal é Cristo; mas também o sacerdote coloca algo de si, às vezes, até muito de si. Assim como quem assiste; são tantas as maneiras de participar do Divino Sacrifício. Pode-se dizer: “Estive na Missa”; há quem participe com todo o seu empenho, que se oferece em união á Vítima Divina.
A Missa celebrada ou ouvida pode ser o espelho do nosso relacionamento com Jesus, do amor por ele, da consciência que temos, da intimidade alcançada, da dedicação á qual nos empenhamos.
Na celebração padre Pio se coloca a experimentar tudo: seu amor a Deus Crucificado, ao Deus amor, ao Deus Vítima pelos pecadores, ao Deus Salvador, ao Deus que se deu para que participássemos de Sua obra de redenção.
Deveríamos pensar em toda a vida de Padre Pio.
As suas longas meditações, quase ininterruptas, da Paixão de Cristo, acompanhadas de muitas lágrimas; seu horror pelo pecado, seu amor por Jesus, a oferta de doar-se como vítima pelos pecadores, pelas almas do purgatório, pela Igreja e pelo mundo. E deveríamos fazer presente com o Senhor, que havia se associado àquele Seu ministro na obra de redenção: a luta contra Satanás, as trevas da fé, a progressiva participação na Paixão, culminante nos estigmas visíveis.
Não causaria espanto se a celebração da Missa de Padre Pio parecesse um verdadeiro e próprio reviver da Paixão de Cristo. Quando saía do altar, com aquela sua pisada dolorida, parecia mesmo sair de seu Calvário. As palavras que pronunciava eram litúrgicas; e as pessoas respondiam em coro, algo muito raro atualmente. Também se percebia um esforço dos que estavam presente de participarem no que pudessem.
Todos os olhos ficavam fixos naquele rosto que de vez em quando se contraía com visível sofrimento, entretanto, também eram notáveis os esforços do padre para não deixar transparecer; as lágrimas que lhe ofuscavam a visão e que ele enxugava com um lenço passado pelas mãos com algumas voltas, fingindo enxugar o suor; aquele ato de bater no peito na meã culpa, no Agnus Dei com grande convicção, que não se entendia como podia doar-se tanto, dando a impressão de que não teria forças para levantar-se. E as longas pausas, com os olhos fixos e carregados de lágrimas, quando parecia que não iria continuar.
A Missa do Padre Pio foi assim definida: “Um verdadeiro espetáculo sobrenatural”. Certamente era assim composta, pois não havia nada de teatral.
Mas por que então as pessoas vinham de todos os cantos do mundo? Era um local descômodo num horário fora do habitual, para assistir aquela Missa que não terminava mais, quando findava, desejava que se prolongasse para sempre?
Não resta dúvida de que o Santo Padre Pio revivia a Paixão de Jesus.
Sabemos de santos e santas, também estigmatizados, que na sexta-feira da Semana Santa reviviam a Paixão; Como Santa Verônica Guiliani, Santa Gemma Galgani, Teresa Newman, a venerável Alexandria Maria da Costa… Mas nenhum deles a viveu na Missa.
O Santo Padre Pio é, até hoje, o único sacerdote estigmatizado. E este reviver da Paixão de sacerdote durante a Missa, supõe-se que houvesse um propósito específico para que os fiéis fossem, inconscientemente, conduzidos.
Não era um mistério particular a Missa do Santo Padre Pio; o verdadeiro mistério, que compreendemos muito pouco, é a própria Santa Missa! É um Sacrifício, é a memória dolorosa da Cruz, a imolação de Jesus que se oferece ao Pai como vítima por nós e que se dá a nós como sinal de vida eterna.
As pessoas, vendo o Santo Padre Pio celebrar, se esforçavam em tentar compreender o verdadeiro significado da Missa. Tantos sacerdotes e fiéis diziam que entenderam a Missa somente após tê-la assistido e celebrada por Padre Pio.
Perguntado sobre o entender a Santa Missa, respondeu:
“Filho meu, como posso entendê-la? A Missa é infinita como Jesus…” E acrescentou: “O mundo pode até estar só, mas não pode ficar sem a Santa Missa”. Pois, aquilo que se entendesse na alma durante a Santa Missa é tudo, e somente, obra do Espírito Santo.
Pessoas que vinham por curiosidade, choravam como crianças, homens que não acreditavam e, diante aquele Sacrifício Salvífico, sentiam suas dúvidas desaparecerem; tantos resistentes que se perdoavam e perdoavam os outros, resistentes a mudar de vida e que durante aquela Missa amadureciam em uma decisão radical de conversão. Muitas jovens e rapazes que durante aquele Sacrifício viram sucumbir todas as suas indecisões, doando-se a Deus completamente, na vida sacerdotal ou religiosa.
Um bispo disse com muita convicção: “Para saber quem é Padre Pio, não precisa de nada; basta assistir à sua Santa Missa”.
Cada Missa era uma agonia. Mas era uma chuva de graças, freqüentemente extraordinárias. Não era preciso explicação: dava para ver que aquilo era um Sacrifício; o Sacrifício de Jesus unia-se ao sacrifício do celebrante, que por sua vez, esforçava-se para unir-se aos presentes.
Em uma ocasião lhe perguntaram se a Santíssima Virgem Maria estava presente durante a Santa Missa, ao qual ele respondeu:
“Sim, ela se coloca ao lado, mas eu a posso ver, que alegria. Ela está sempre presente. Como poderia ser que a Mãe de Jesus, presente no Calvário ao pé da cruz, que ofereceu a seu filho como vítima pela salvação de nossas almas, não esteja presente no calvário místico do altar?”
A Missa de Padre Pio trouxe somente benefícios: principalmente aos fiéis que com tanta facilidade deixam a Missa ou ouvem-na distraidamente; útil aos sacerdotes que algumas vezes a terminam com tanta pressa.
E continua o Mistério, o que é o Santo Sacrifício da Missa?
No apostolado da alegria.
O padre Pio era um homem muito duro contra todo tipo de pecado, mas terno, jovial e amante da vida. Era um conversador brilhante, com a astúcia para manter suspenso a seus ouvintes.