Não te afastes do altar sem derramar lágrima de dor e de amor por Jesus, crucificado por tua eterna salvação. A Virgem Dolorosa te acompanhará e te servirá de doce inspiração. (São Pio de Pietrelcina)
Padre Pio
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Trecho da Homilia do Pe. Paulo sobre o Padre Pio de Pietrelcina, no kairos universitário em 2010 .
“Tudo o que vem de Deus deixa a alma tranquila mesmo diante de aflições e contradições” (Padre Pio de Pietrelcina)
Assista Online o famoso filme (na verdade é uma mini-série de 3 capítulos) sobre a vida de Padre Pio.
Sinopse: Padre Pio é a emocionante minissérie sobre a vida e a obra do padre italiano Francesco Forgione (1887-1968). Conheça todas as etapas da vida desse grande vulto do catolicismo no século XX e sua repercussão no mundo. Sua fé em Jesus Cristo e Nossa Senhora, os estigmas, seus gestos de caridade e de ajuda aos desvalidos e a fundação da Casa do Alívio do Sofrimento, o maior hospital do sul da Itália.Filmado nas locações reais em que Padre Pio viveu, essa superprodução é uma obra edificante que não pode faltar na coleção das famílias cristãs e de pesquisadores sobre a paranormalidade humana.
O capuchinho dos estigmas
Na vida do padre Pio, o sobrenatural é muito abundante: conversões, milagres, curas, bilocação, clarividência, predição, sem falar dos estigmas que foram, durante cinqüenta anos, a manifestação mais patente, a mais visível marca do sobrenatural na sua vida, e também a mais dolorosa e mais incompreensível para os homens, a que mais respeito merece, pois é com verdadeira graça de conformidade com Cristo até na carne. Existem numerosos testemunhos circunstanciados para numerosas destas diversas graças. Foram numerosas as altas autoridades eclesiásticas e os médicos que testemunharam as curas milagrosas ou outros fenômenos sobrenaturais inexplicáveis. Em todos os casos, as graças sobrenaturais não eram concedidas por Deus para a auto-glorificação do padre Pio, senão para dar testemunho da vida divina, para chamar À conversão, curar ou aliviar. Não há nem curas, nem conversões ou bilocações que não acabaram por uma maior vida de fé e que não serviram para fazer algum bem.
O confessionário foi o lugar habitual dos “milagres” realizados pelo padre Pio. Nos dias de grande afluência, chegava a passar dez ou quinze horas confessando. Para alguns penitentes, essa confissão era ocasião de uma verdadeira mudança interior. Entre as conversões de antes da primeira perseguição, uma das mais clamorosas foi a do advogado genovês Cesare Festa. Festa era um dos grandes dignatários da maçonaria italiana. Era primo do Dr. Giorgio Festa. Depois que este viu e examinou o padre Pio, mencionou com freqüência ao religioso e aos prodígios da fé com seu primo Cesare. O advogado ateu, raivosamente anticlerical, considerava a religião como uma superstição de outros tempos. Giorgio, tendo esgotado seus argumentos, disse-lhe um dia: “Vai a São Giovanni Rotondo e encontrarás ali a um testemunho que acabará de um só golpe com todas as suas objeções. Vai vê-lo e depois continuaremos falando”.
Em março de 1921, Cesare se dedicou a seguir o conselho de seu primo. Foi a São Giovanni Rotondo mais como cético, foi com a firme intenção de desmascarar a impostura e denunciar ao seu regresso, diante de seus irmãos maçons, a superstição de Gargano. O padre Pio não sabia nada de Cesare Festa nem de sua pertença maçônica. Sem embargo, quando chegou na sacristia do convento entre outros peregrinos, o religioso se dirigiu até ele e o interpelou brutalmente: “Que quer este entre nós? É um maçom…”. O advogado não negou. O padre Pio analdiu: “Que papel desempenha você na Maçonaria?”. Festa respondeu sem vacilar: “Lutar contra a Igreja”.
As coisas estavam claras. O padre Pio não analdiu nenhuma palavra. Mirou fixamente a Cesare e lhe indicou com o dedo o confessionário. O advogado maçom se ajoelhou, abriu seu coração e, com a ajuda daquele sacerdote ao que poderia resistir, examinou toda a sua vida passada. Um perfume desconhecido e suave passava pela rede do confessionário e o ateu Festa via suas prevenções contra a religião cair uma atrás da outra. A conversão resultou numa paz interior que o invadia e lhe fazia receber as palavras de misericórdia e as exortações prodigadas por aquele estranho capuchinho.
Permaneceu três dias no convento e depois regressou a Genova. O ruído de sua conversão se estendeu e ocupou a primeira página dos periódicos. O advogado arrependido foi logo a Lourdes e depois voltou a São Giovanni Rotondo para receber das mãos do padre Pio o escapulário da Ordem terceira franciscana. Da maçonaria À Ordem terceira em poucos meses. O papa Bento XV recebeu no Vaticano a esse assombroso convertido. Disse-lhe a estima que tinha ao padre Pio, apesar dos informes por vezes desfavoráveis que haviam chegado, e confiou esta missão a Cesare Festa:
– O padre Pio é verdadeiramente um homem de Deus. Comprometa-se a dar testemunho, porque ele não é apreciado por todos como ele merece.
A clamorosa conversão de cesare Festa suscitou muitas controvérsias. O Avanti, cotidiano socialista, ironizou sobre este maçom que passava seu tempo entre São Giovanni Rotondo e Lourdes. A Grande Loja italiana se reuniu para pronunciar a exclusão oficial do advogado renegado dos ideais maçônicos.
Cesare Festa decidiu assistir, fazer frente e dar a conhecer seu testemunho: no dia da reunião recebeu uma tarjeta do padre Pio com estas quatro linhas: “Não se envergonhe de Cristo e de sua doutrina; é momento de lutar com o rosto descoberto. O Dispensador de todo o bem te dará a fortaleza para isso.”
(Yves Chiron: El Padre Pío. Ed. Palabra, pg.163, 1999.)
Para meditar deixo aqui as frases da semana:
“Tudo o que vem de Deus deixa a alma tranquila mesmo diante de aflições e contradições.”
“Não se desanime se você não consegue fazer tudo como gostaria.”
“Em tudo o que você fizer, seja sempre humilde, guardando zelosamente a pureza de seu coração e a pureza de seu corpo.”
“A alma cristã deve fugir dos aplausos dos homens.
“Aspiremos a felicidade que nos foi preparada por Deus.”
“Deus é nosso Pai. O que se pode temer tendo um Pai como este?”
(São Pio de Pietrelcina)
“O Senhor sempre orienta e chama; mas não se quer segui-lo e responder-lhe, pois só se vê os próprios interesses. Às vezes, pelo fato de se ouvir sempre a Sua voz, ninguém mais se apercebe dela; mas o Senhor ilumina e chama. São os homens que se colocam na posição de não conseguir mais escutar.”
(Padre Pio)
por Benny Lai
Fonte: Associazione Lucci sull’Est
Foi nos meses sucessivos à morte de João XXIII que o Cardeal Siri me falou pela primeira vez de Padre Pio. Aconteceu no decorrer de um daqueles colóquios que se davam em uma saleta do apartamento privado do cardeal, como toda qual vez que eu ia a Gênova, domingo pela manhã, para voltar a Roma na mesma noite. Duas noites no trem e um dia a Gênova, que sendo festiva me consentia de passar quase que inobservado no palácio do arcebispo, onde todos os gabinetes eram fechados. Uma precaução ditada pela discrição, útil a ambos: ao cardeal, que não precisava sopesar os pensamentos e contar as palavras, por temor de vir a ser citado, e a mim, por não ser profissionalmente assimilado por um determinado ambiente prelatício.
O que deu a deixa para as confidências do cardeal sobre o frade do Gargano não foi o desaparecimento de Roncalli e a já acontecida sucessão de Paolo VI, mas o que havia acontecido na Ação Católica, onde o assistente eclesiástico Monsenhor Carlo Maccari se tornou – “promoveatur ut admoveatur” [nota: promover para remover] – bispo de Mondovì. E, visto que Monsenhor Maccari devia o seu alto cargo na Ação Católica também à inspeção que ele promoveu alguns anos antes, no verão-outono de 1960, a São Giovanni Rotondo, era inevitável que se falasse desta atividade que ele desenvolveu, de uma “visita apostólica” que havia ocasionado largo eco e contrastantes interpretações.
“Olhe – disse o Cardeal Siri – quando soube que o Santo Ofício havia mandado um visitador apostólico ao convento de São Giovanni Rotondo fiquei estupefato. Primeiro pela pessoa escolhida, que me parecia pouco aparelhada do ponto de vista cultural para conduzir uma investigação relativa a um personagem como padre Pio, já alvo de outras investigações e cercado pela devoção popular. Naquela época, eu conhecia pouco o enviado do Santo Ofício para o assunto do Gargano, o qual até então tinha se ocupado quase exclusivamente do Vicariato de Roma, eu ignorava sobretudo se tivesse ou não a graça e a sabedoria necessárias para uma tarefa que devia ser conduzida com a máxima discrição. E o que aconteceu depois, como falaram da história os jornais de direita, de centro e de esquerda, as tomadas de posições que se criaram pro e contra padre Pio, me deram razão. Eu o disse até ao Papa João”.
O cardeal nunca conheceu pessoalmente padre Pio, nem tampouco foi alguma vez ao convento de Santa Maria das Graças enquanto vivo o frade. “Uma vez encontrando-me em Bari – contou em outra ocasião o cardeal – pensei em chegar até àquela crista do Carso que é o Gargano onde se trovava o padre. Eu teria gostado de permanecer junto dele, mas entendi que não poderia fazê-lo sem que me notassem e isso poderia causar algum dano. A minha presença, a presença de um cardeal, teria suscitado sensação ou, pelo menos, teria dado lugar a quem sabe quais suposições. E é de se excluir que eu poderia ter ido incógnito. Sabe o que aconteceu a outro cardeal que, sem avisá-lo com antecedência e sem ter consigo qualquer insígnia de sua dignidade, bateu à porta do convento de San Giovanni Rotondo? Muito antes da chegada do hospede, padre Pio [notem que Pe. Pio não sabia da visita] chamara o padre guardião para informá-lo que estava para chegar um cardeal, viria vestido como um simples padre, e era necessário acolhê-lo com as devidas honras. E o cardeal, o qual acreditava estar sendo tratado como um comum eclesiástico, foi acolhido com grandes honras. De padre Pio não se podia esconder nada”[o Cardeal Siri comenta isso em razão de que Pe. Pio via o futuro].
Mesmo de longe, Siri havia sempre seguido os acontecimentos do capuchinho. Era ainda seminarista quando se espalhou a notícia dos estigmas do frade e, em seguida, da recusa que ele opôs a padre Agostino Gemelli de lhe examinar as chagas sem a autorização dos superiores. Uma recusa ditada em parte por já haver aceitado por obediência de submeter-se às visitas médicas e, em parte, pelo seu temperamento relutante, que havia suscitado a hostilidade de Gemelli, o qual então não fez mistério de não atribuir às feridas algo de sobrenatural. Diagnóstico que, dada a fama desfrutada por Gemelli, contribuirá depois da eleição de Pio XI para mal predispor o Santo Ofício, seja quanto aos estigmas considerados em nada um evento transcendental, seja quanto aos pretensos milagres de padre Pio.
Siri, que havia conhecido padre Gemelli quando, para seguir os cursos universitários da Gregoriana, havia se transferido de Gênova ao Seminário Lombardo de Roma, não partilhava da mesma opinião. Dirá sobre padre Gemelli: “Tive grande estima pelo fundador da Universidade Católica, que era um estudioso de grande prestígio e meu amigo, mas, infelizmente, naquela ocasião errou. Emitiu um veredito superficial, tanto é verdade que às suas afirmações, segundo as quais todos os estigmas, à exceção daqueles de São Francisco de Assis e de Catarina de Sena, deveriam ser considerados fruto da histeria, do auto-lesionismo, a própria “Civilização Católica” declarou de não estar de acordo”. Todavia a declaração do Santo Ofício, à qual seguiram outros decretos, levou a um tipo de segregação de padre Pio. Um isolamento que durou até 1933, quando Pio XI reintegrou o capuchinho em seus direitos, permitindo a seus fieis de visitá-lo e de escrever-lhe sem temer os rigores do dicastério vaticano.
Foi isso que induziu Siri a intervir junto a João XXIII, depois da inquisição de Monsenhor Maccari. “Acontecia com frequência – dirá o cardeal – que me encontrava em audiência com o Papa por causa dos meus compromissos de presidente da CEI e das Semanas Sociais e toda vez acabávamos por falar de padre Pio. João XXIII, um homem bom, verdadeiro santo, estava preocupado. Chegavam até o Vaticano graves acusações sobre padre Pio. Às vezes eram os próprios defensores mais ferrenhos do capuchinho que com zelo deles e a pressa deles contribuíam a criar dificuldades. Muitos agiam de boa fé, pensando de fazer o bem, só que a pagar as consequências era sempre padre Pio. No fim, o Papa se convenceu de que o pobre frade era estranho às acusações que lhe faziam”.
Ainda antes de a Igreja se manifestar, o cardeal Siri era mais do que convencido dos dons místicos recebidos por padre Pio. “Os fatos são fatos – fazia notar – e não há dúvidas de que ele visse o futuro, lesse as mentes, se movesse em bi-locação. E depois as curas, a capacidade de converter um ateu com um olhar, uma palavra, uma benção. Não são prodígios estes?”.
Para provar tais afirmações, Siri contava o “singular entendimento” que se criou entre ele e padre Pio seja por meio dos genoveses, que, indo a San Giovanni Rotondo, entregavam ao arcebispo deles as saudações enviadas pelo frade, seja por um mais do que curioso episódio. “Tinha que tomar uma grave decisão sobre uma importante questão relativa à diocese de Gênova. E estava perplexo e angustiado porque as soluções possíveis eram duas, mas não sabia qual era a melhor. Acuado decidi por uma das duas. No dia seguinte recebi um telegrama de padre Pio no qual me confirmava que a decisão tomada era aquela justa e me exortava a continuar naquele caminho. Havia vivenciado minhas perplexidades sem ter falado com ninguém. Como fez padre Pio para saber disso?” Uma questão publicamente revelada pelo cardeal, na comemoração de 1972, quando do quarto ano da morte do frade, e, sucessivamente, na carta a Paolo VI com a qual postulava que se aviasse o procedimento para a beatificação e a canonização de padre Pio. A carta a Paolo VI é de 1975, ano em que foi até São Giovanni Rotondo para celebrar uma missa sobre a tumba do frade e escreveu no registro dos visitadores: “Com gratidão”.
Consegui algumas fotos de alguns objetos (relíquias) que pertenceram ao Padre Pio. Gostaria de compartilhar com voces leitores do blog.
Alguns objetos como luvas, roupas, lenços que foram usadas pelo santo.
Um santo rosário de Padre Pio
Alguns paramentos como uma casula romana, dentre outros, usados por Pe Pio na celebração do Santo Sacrifício da Missa.
Missal Romano usado por São Pio
sapatos de Padre Pio
Crucifixo de Padre Pio
Muitos objetos como crucifixos, porta retratos, fotografias, imagens de Nossa Senhora, cartas dentre outros.
Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus.
Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.
Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.
O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!.
Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus.
Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte — para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono.
Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!.
Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!.
Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam.
No termo da sua vida terrestre, depois de se nos ter inteiramente entregue no Sacramento do seu amor, o Senhor dirige-se ao Jardim das Oliveiras, conhecido dos discípulos, mas de Judas também.
Pelo caminho ensina-os e prepara-os para a sua Paixão iminente convida-os, por Seu amor, a sofrer calúnias, perseguições até à morte, para os transfigurar à semelhança dele, modelo divino.
No momento de começar a sua Paixão amaríssima, não é nele que pensa; pensa em ti.
Que abismos de amor não contém o seu Coração!.
A sua Santa Face é toda tristeza, toda ternura.
As suas palavras jorram da profundidade mais íntima do seu coração, e são todas palpitação de amor.
— Ó Jesus, o meu coração perturba-se quando penso no amor que vos obriga a correr ao encontro da vossa Paixão.
Ensinastes-nos que não há amor maior que dar a vida por aqueles a quem se ama.
Eis que estáis prestes a selar estas palavras com o vosso exemplo.
No Jardim da Oliveiras, o Mestre afasta-se dos discípulos e só leva três testemunhas da sua Agonia: Pedro, Tiago e João.
Eles, que o viram transfigurado sobre o Tabor, terão força para reconhecer o Homem-Deus neste ser, esmagado pela angústia da morte?.
Ao entrar no Jardim disse-lhes: “Ficai aqui! Velai e rezai para não cairdes em tentação.
Acautelai-vos, porque o inimigo não dorme.
Armai-vos antecipadamente com as armas da oração para não serdes surpreendidos e arrastados para o pecado.
É a hora das trevas”.
Tendo-os exortado, afastou-se à distância de uma pedrada e prostrou-se com a face em terra.
A sua alma está mergulhada num mar de amargura e extrema aflição.
É tarde.
Na lividez da noite agitam-se sombras sinistras.
A Lua parece injetada de sangue.
O vento agita as árvores e penetra até aos ossos.
Toda a natureza como que estremece de secreto pavor!.
Ó noite, como nunca houve outra semelhante.
Eis o lugar onde Jesus vem orar.
Ele despoja a sua santa Humanidade da força à qual tem direito pela sua união com a Divina Pessoa, e mergulha-a num abismo de tristeza, de angústia, de abjeção.
O seu espírito parece submergir-se.
Via antecipadamente toda a sua Paixão.
Vê Judas, seu apóstolo tão amado, que o vende por alguns dinheiros.
Ei-lo a caminho de Getsêmani, para o trair e entregar!.
Todavia, ainda há pouco não o alimentou com a sua carne, não lhe deu a beber o seu sangue? .
Prostrado diante dele, lavou-lhe os pés, apertou-os contra o coração, beijou-os com os seus lábios.
Que não fez ele para o reter à beira do sacrilégio, ou pelo menos para o levar a arrepender-se!.
Não! Ei-lo que corre para a perdição Jesus chora.
Vê-se arrastado pelas ruas de Jerusalém onde ainda há alguns dias o aclamavam como Messias.
Vê-se esbofeteado diante do sumo-sacerdote.
Ouve os gritos: À morte! Ele, o autor da vida, é arrastado como um farrapo de um para outro tribunal.
O povo, o seu povo tão amado, tão cumulado de bênçãos, vocifera contra Ele, insulta-o, reclama aos gritos a sua morte, e que morte, a morte sobre a cruz.
Ouve as suas falsa acusações.
Vê-se flagelado, coroado de espinhos, escarnecido, apupado como falso rei.
Vê-se condenado à cruz, subindo ao Calvário, sucumbindo ao peso do madeiro, trêmulo, exausto.
Ei-lo chegado ao Calvário, despojado das roupas, estendido sobre a cruz, impiedosamente trespassado pelos pregos, ofegante entre indizíveis torturas.
Meu Deus! Que longa agonia de três horas, até sucumbir no meio dos apupos da gentalha, ébria de cólera!.
Ei-lo com a garganta e as entranhas, devoradas por sede ardente.
Para estancar essa sede, dão-lhe vinagre e fel.
Vê o Pai que o abandona, e a Mãe, aniquilada pela dor.
Para acabar, a morte ignominiosa no meio de dois ladrões.
Um reconhece-o, e pôde salvar-se; o outro blasfema e morre réprobo.
Vê Longuinhos, que se aproxima para lhe trespassar o coração.
Ei-la, consumada, a extrema humilhação do corpo e da alma, que separam.
Tudo isto, cena após cena, passa diante dos seus olhos, apavora-o, acabrunha-o.
Desde o primeiro instante tudo avaliou, tudo aceitou.
Porque, pois, este terror extremo? É que expôs a sua santa humanidade como escudo, captando os ataques da Justiça, ultrajada pelo pecado.
Sente vivamente no espírito, mergulhado na maior solidão, tudo o que vai sofrer.
Para tal pecado, tal pena Está aniquilado, porque se entregou, ele próprio, ao pavor, à fraqueza, à angústia.
Parece ter chegado ao auge da dor.
Está de rastos, com a face em terra, diante da Majestade do Pai.
Jaz no pó, irreconhecível, a santa Face do Homem-Deus, que goza da visão beatífica.
Meu Jesus! Não sois Deus?.
Não sois o Senhor do Céu e da Terra, igual ao Pai? Para que haveis de abaixar-vos até perder todo o aspecto humano?.
Ah, sim Compreendo! Quereis ensinar-me, a mim, orgulhoso, que para entender o Céu devo abismar-me até ao fundo da Terra.
É para expiar a minha arrogância que vos deixais afundar no mar da agonia.
É para reconciliar o Céu com a Terra que vos abaixais até à terra como se quisesseis dar-lhe o beijo da paz Jesus ergue-se, volve para o céu um olhar suplicante, ergue os braços, reza.
Cobre-lhe o rosto mortal palidez! Implora o Pai que se desviou dele.
Reza com confiança filial, mas sabe bem qual o lugar que lhe foi marcado.
Sabe-se vítima a favor de toda a raça humana, exposta à cólera de Deus ultrajado.
Sabe que só ele pode satisfazer a Justiça infinita e conciliar o Criador com a criatura.
Quer, reclama que seja assim.
A sua natureza, porém, está literalmente esmagada.
Insurge-se contra tal sacrifício.
Todavia, o seu espírito está pronto à imolação e o duro combate continua.
Jesus, como podemos pedir-vos para sermos fortes, quando vos vemos tão fraco e acabrunhado?.
Sim, compreendo! Tomastes sobre vós a nossa fraqueza.
Para nos dardes a vossa força, vos tornastes a vítima expiatória.
Quereis ensinar-nos como só em vós devemos depositar confiança, até quando o céu nos parece de bronze.
Na sua Agonia, Jesus clama ao Pai: “Se é possível, afasta de mim este cálice”.
É o grito da natureza que, prostrada, recorre cheia de confiança ao Céu.
Embora saiba que não será atendido, porque não deseja sê-lo, contudo ora.
Meu Jesus, por que pedis o que não podeis obter? Que mistério vertiginoso! .
A mágoa que vos dilacera vos faz mendigar a ajuda e conforto, mas o vosso amor por nós e o desejo de nos levar a Deus vos faz dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”.
O seu coração desolado tem sede de ser confortado, tem sede de consolação.
Docemente, Ele levanta-se, dá alguns passos vacilantes; aproxima-se dos discípulos; eles, pelo menos, os amigos de confiança, hão de compreender e partilhar da sua mágoa.
Encontra-os mergulhados no sono.
De súbito sente-se só, abandonado! “Simão, dormes?” pergunta docemente a Pedro.
Tu, que há pouco me dizias que querias seguir-me até à morte!.
Vira-se para os outros “Não podeis velar uma hora comigo?”.
Uma vez mais, esquece os sofrimentos, não pensa senão nos discípulos: “Velai e orai para não cairdes em tentação!”.
Parece dizer “Se me esquecestes tão depressa, a mim, que luto e sofro, pelo menos no vosso próprio interesse, velai e orai!”.
Mas eles, tontos de sono, mal o ouvem.
Ó meu Jesus, quantas almas generosas, tocadas pelos vossos lamentos, vos fazem companhia no Jardim da Oliveiras, compartilhando da vossa amargura e da vossa angústia moral.
Quantos corações têm respondido generosamente ao vosso apelo através dos séculos! Possam eles vos consolar e, comparticipando do vosso sofrimento, possam eles cooperar na obra da salvação!.
Possa eu próprio ser desse número e vos consolar um pouco, ó meu Jesus!.
Jesus volta ao local da oração e apresenta-se-lhe diante dos olhos um outro quadro bem mais terrível.
Desfilam diante dele todos os nossos pecados, nos seus mais ínfimos pormenores.
Vê a extrema vulgaridade dos que os cometem.
Sabe a que ponto ultrajam a divina Majestade.
Vê todas as infâmias, todas as obscenidades, todas as blasfêmias que mancham os corações e os lábios, criados para cantar a glória de Deus.
Vê os sacrilégios que desonram Pais e fiéis.
Vê o abuso monstruoso dos sacramentos, instituídos por Ele para nossa salvação, e que facilmente podem ser causa de nos perdermos.
Tem de cobrir-se com toda a lama fétida da corrupção humana.
Tem de expiar cada pecado à parte, e restituir ao Pai toda a glória roubada.
Para salvar o pecador, tem de descer a este buraco.
Mas, isto não o detém.
Vaga monstruosa, essa lama rodeia-o, submerge-o, oprime-o.
Ei-lo em frente do Pai, Deus da Justiça, Ele, Santo dos Santos, vergado ao peso dos nossos pecados, tornando-se igual aos pecadores.
Quem poderá sondar o seu horror e a sua extrema repugnância? Quem compreenderá a extensão da horrível náusea, do soluço de desgosto?.
Tendo tomado todo o peso sobre ele, sem exceção alguma sente-se esmagado por monstruoso fardo, e geme sob o peso da Justiça divina, em face do Pai que permitiu ao Seu filho se oferecesse como vítima pelos pecados do mundo, e se transformasse numa espécie de maldito.
A sua pureza estremece diante desta massa infame mas ao mesmo tempo vê a Justiça ultrajada, o pecador condenado.
No seu coração defrontam-se duas forças, dois amores.
Vence a Justiça ultrajada.
Mas, que espetáculo infinitamente lamentável! Este homem, carregado com todos os nossos crimes.
Ele, essencialmente Santidade, confundido, embora exteriormente, com os criminosos Treme como um folha.
Para poder afrontar esta terrível agonia abisma-se na oração.
Prostrado diante da Majestade do Pai, diz: “Pai, afasta de mim este cálice”.
É como se dissesse: “Pai, quero a tua glória! Quero o cumprimento da tua justiça.
Quero a reconciliação do gênero humano.
Mas não por este preço! Que eu, santidade essencial, seja assim salpicado pelo pecado, ah! não isso não! Ó pai, a quem tudo é possível, afasta de mim este cálice e encontra outro meio de salvação nos tesouros insondáveis da tua sabedoria.
Porém, se não quiseres, que a tua vontade, e não a minha, se faça!.
Desta vez ainda, fica sem efeito a prece do Salvador.
Sente a angústia mortal, ergue-se a custo em busca de consolação.
Sente como as forças o abandonam.
Arrasta-se penosamente até junto dos discípulos.
Uma vez mais, encontra-os a dormir.
A sua tristeza torna-se mais profunda.
E contenta-se simplesmente em os acordar.
Sentiram-se confusos? Sobre isto nada sabemos.
Só vemos Jesus indizivelmente triste.
Guarda para ele toda a amargura deste abandono.
Mas Jesus, como é grande a dor que leio no teu coração, transbordante de tristeza.
Vos vejo afastando-vos dos vossos discípulos, ferido, todo magoado!.
Pudesse eu dar-vos algum reconforto, consolar-vos um pouco mas, incapaz de mais nada, choro aos vossos pés.
Unem-se às vossas as lágrimas do meu amor e da minha compunção.
E elevam-se até ao trono do Pai, suplicando que tenha piedade de nós, que tenha piedade de tantas almas, mergulhadas no sono do pecado e da morte.
Jesus volta ao lugar onde rezara, extenuado e em extrema aflição.
Cai, sim, mas não se prostra.
Cai sobre a terra.
Sente-se despedaçado por angústia mortal e a sua prece torna-se mais intensa.
O Pai desvia o olhar, como se Ele fosse o mais abjeto dos homens.
Parece-me ouvir os lamentos do Salvador.
Se, ao menos as criaturas por causa de quem eu tanto sofro quisessem aproveitar-se das graças obtidas através de tantas dores!.
Se, ao menos reconhecessem pelo seu justo valor, o preço pago por mim para resgatar e dar-lhes a vida de filhos de Deus!.
Ah! este amor despedaça-me o coração, bem mais cruelmente do que os carrascos que irão, em breve, despedaçar-me a carne.
Vê o homem que não sabe, porque não quer saber; e blasfema do Sangue Divino e, o que é bem mais irreparável, serve-se desse Sangue para sua condenação.
Quão poucos o hão de aproveitar, quantos outros correrão ao encontro do próprio extermínio!.
Na grande amargura do Seu coração, continua a repetir: “Quæ utilitas im sanguine meo? Quão poucos aproveitaram o meu Sangue!.
O pensamento, porém, deste pequeno número basta para afrontar a Paixão e morte.
Nada existe, não há ninguém que possa dar-lhe sombra de consolação.
O Céu fechou-se para Ele.
O homem, embora esmagado ao peso dos pecados, é ingrato e ignora o seu amor.
Sente-se submerso num mar de dor e grita no estertor da agonia: “A minha alma está triste até a morte”.
Sangue Divino, que jorras, irresistivelmente do Coração de Jesus, corres por todos os seus poros para lavar a pobre Terra ingrata.
Permite-me que eu te recolha, Sangue tão precioso, sobretudo estas primeiras gotas.
Quero guardar-te no cálice do meu coração.
És prova irrefutável deste Amor, única causa de teres sido vertido.
Quero purificar-me através de ti, Sangue preciosíssimo! Quero com ele purificar todas as almas, manchadas pelo pecado.
Quero oferecer-te ao Pai.
É o sangue do seu Filho Bem-Amado que caiu sobre a Terra para a purificar.
É o Sangue do seu Filho que ascende ao Seu trono para reconciliar a Justiça ultrajada.
A alegria é na verdade muito mais veemente do que a dor.
Jesus chegou então ao fim do caminho doloroso?.
Não.
Ele não quer limitar a torrente do seu amor!.
É preciso que o homem saiba quanto ama o Homem-Deus.
É preciso que o homem saiba até que abismos de abjeção pode levar amor tão completo.
Embora a Justiça do Pai esteja satisfeita com o suor do Sangue preciosíssimo, o homem carece de provas palpáveis deste amor.
Jesus seguirá pois até ao fim: até à morte ignominiosa sobre a cruz.
O contemplativo conseguirá talvez intuir um reflexo desse amor que o reduz aos tormentos da santa agonia no Jardim das Oliveiras.
Aquele, porém, que vive, entorpecido pelos negócios materiais, procurando muito mais o mundo do que o Céu, deve vê-lo também pelo aspecto externo, pregado à cruz, para que, ao menos, o comova a visão do seu Sangue e a Sua cruel agonia.
Não, o Seu coração, transbordante de amor, não está ainda contente!.
Domina-o a aflição, e ora de novo: “Pai, se este cálice não pode ser afastado, sem que eu bebe, faça-se a Tua vontade”.
A partir deste instante, Jesus responde do fundo do seu coração abrasado de amor, ao grito da humanidade que reclama a sua morte como preço da Redenção.
À sentença de morte que seu Pai pronuncia no Céu, responde a Terra reclamando a sua morte.
Jesus inclina a sua adorável cabeça: “Pai, se este cálice não pode ser afastado, sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade”.
E eis que o Pai lhe envia um anjo de consolação.
Que alívio pode um anjo oferecer ao Deus da força, ao Deus invencível, ao Deus Todo-Poderoso?.
Mas este Deus quis tornar-se inerme.
Tomou sobre os ombros toda a nossa fraqueza.
É o Homem das Dores, em luta com a agonia.
Ora ao Pai por Si e por nós.
O Pai recusa atendê-lo, pois deve morrer por nós.
Penso que o anjo se prostra profundamente diante da Beleza eterna, manchada de pó e sangue, e com indizível respeito suplica a Jesus que beba o cálice, pela glória do Pai e pelo resgate dos pecadores.
Rezou assim, para nos ensinar a recorrer ao Céu, unicamente quando as nossas almas estão desoladas como a Sua.
Ele, a nossa força, virá ajudar-nos, pois que consentiu em tomar sobre os ombros todas as nossas angústias.
Sim, meu Jesus, é preciso que bebais o cálice até ao fundo!.
Estais votado à morte mais cruel.
Jesus, que nada possa separar-me de vós, nem a vida nem a morte!.
Se, ao longo da vida, só desejo unir-me ao vosso sofrimento, com infinito amor, ser-me-á dado morrer convosco no Calvário e convosco subir à Glória.
Se vos sigo nos tormentos e nas perseguições tornar-me-eis digno de vos amar um dia, no Céu, face a face, convosco, cantando eternamente o vosso louvor em ação de graças pela cruel Paixão.
Vede! Forte, invencível, Jesus ergue-se do pó! Não desejou Ele o banquete de sangue com o mais forte desejo?.
Sacode a perturbação que o invadira, enxuga o suor sangrento da face, e, em passo firme dirige-se para a entrada do Jardim.
Onde ides, Jesus? Ainda há instantes, não estavas empolgado pela angústia e pela dor? .
Não vos vi eu, trêmulo, e como que esmagado sob o peso cruel das provações que vão tombar sobre vós?.
Aonde ides nesse passo intrépido e ousado? A quem vais entregar-vos?.
— Escuta, meu filho.
As armas da oração ajudaram-me a vencer; o espírito dominou a fraqueza da carne.
A força foi-me transmitida, enquanto orava, e agora eis-me pronto a tudo desafiar.
Segue o meu exemplo e arranja-te com o Céu, como eu fiz.
Jesus aproxima-se dos apóstolos.
Continuam a dormir! A emoção, a hora tardia, o pressentimento de alguma coisa horrível e irreparável, a fadiga — e ei-los mergulhados em sono de chumbo.
Jesus tem piedade de tanta fraqueza.
“O espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
Jesus exclama “Dormi agora e repousai”.
Detém-se por instante.
Ouvem que Jesus se vai aproximando, e entreabrem os olhos.
Jesus continua a falar: “Basta” É chegada a hora; eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamos; eis que se aproxima o que me há de entregar”.
Jesus vê todas as coisas com os seus olhos divinos.
Parece dizer: Meus amigos e discípulos, vós dormis, enquanto que os meus inimigos velam e se aproximam para virem prender-me!.
Tu, Pedro, que há pouco te julgavas bastante forte para me seguir até na morte, também tu dormes agora! Desde o princípio tens-me dado provas da tua fraqueza!.
Está, porém, tranqüilo.
Aceitei sobre mim a tua fraqueza e rezei por ti.
Depois de confessares a tua falta, serei a tua força e apascentará os meus rebanhos.
E tu, João, também tu dormes? Tu, que acabavas de sentir as pulsações do meu coração, não pudeste velar uma hora comigo!.
Levantai-vos, vamos partir, já não há tempo para dormir.
O inimigo está à porta! É a hora do poder das trevas! Partamos.
De livre vontade, vou ao encontro da morte.
Judas acorre para trair-me, e eu vou ao seu encontro.
Não impedirei que se cumpram à risca as profecias.
Chegou a minha hora: a hora da misericórdia infinita.
Ressoam os passos; archotes acesos enchem o jardim de sombras e púrpura.
Intrépido e calmo, Jesus avança seguido pelos discípulos.
— Ó meu Jesus, dai-me a vossa força quando a minha pobre natureza se revolta diante dos males que a ameaçam, para que possa aceitar com amor as penas e aflições desta vida de exílio.
Uno-me com toda a veemência aos vossos méritos, às vossas dores, à vossa expiação, às vossas lágrimas, para poder trabalhar convosco na obra da salvação.
Possa eu ter a força de fugir ao pecado, causa única da vossa agonia, do vosso suor de sangue, e da vossa morte.
Afasteis de mim o que vos desagrada, e imprimi no meu coração com o fogo do vosso santo amor todos os vossos sofrimentos.
Abraçai-me tão intimamente, em abraço tão forte e tão doce, que nunca eu possa deixar-vos sozinho no meio dos vossos cruéis sofrimentos.
Só desejo um único alívio: repousar sobre o vosso coração.
Só desejo uma única coisa: partilhar da vossa Santa Agonia.
Possa a minha alma inebriar-se com o vosso Sangue e alimentar-se com o pão da vossa dor! Amém.